MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Satélite captura imagem inédita de eclipse lunar

Um satélite americano estacionado a um milhão de milhas (1,6 milhão de km) da Terra conseguiu um registro único de um eclipse lunar.Lançada em fevereiro, a espaçonave DSCOVR tem uma câmera focada constantemente na face iluminada da Terra.As imagens são u

Da Redação

·
Satélite conseguiu um registro único de um eclipse lunar (Reprodução)
Icone Camera Foto por Reprodução
Satélite conseguiu um registro único de um eclipse lunar (Reprodução)
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.12.2015, 10:07:00 Editado em 27.04.2020, 19:54:17
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Um satélite americano estacionado a um milhão de milhas (1,6 milhão de km) da Terra conseguiu um registro único de um eclipse lunar.

continua após publicidade

Lançada em fevereiro, a espaçonave DSCOVR tem uma câmera focada constantemente na face iluminada da Terra.

As imagens são usadas para rastrear elementos móveis, como nuvens e tempestades de areia, e para monitorar o clima.

continua após publicidade

Mas, em 27 de setembro, o satélite estava na exata posição para ver a Lua passar atrás da Terra e por sua sombra.

Em solo, observadores do céu viram o corpo lunar se transformar em uma sombra vermelha. Isso ocorre porque alguma luz solar ainda atinge a superfície da Lua após ser filtrada pela atmosfera terrestre.

"Nossa câmera é normalmente focada na Terra, mas usamos a Lua para calibragem", disse Jay Herman, o principal investigador da Nasa (agência espacial americana) no sistema de câmeras do DSCOVR, chamado Epic.

continua após publicidade

"Isso é o que estávamos fazendo naquele momento. Estávamos focando na Lua e a Terra entrou na frente cerca de quatro horas antes de o eclipse ser visto em nosso planeta. Isso é porque estávamos em uma posição angular, bem ao lado da linha Sol-Terra."

"A Terra está em rotação quando passa. É algo único porque você pode observar o movimento das nuvens", disse Herman durante encontro da União Americana de Geofísica, em São Francisco (EUA).

Relatórios mostram que o satélite DSCOVR está em ótimo estado.

continua após publicidade

Um de seus objetivos é mapear o comportamento das nuvens. Os diferentes filtros de onda do sistema permitem estimar a altura das nuvens. Isso é importante para monitorar sistemas meteorológicos e entender o impacto das nuvens no clima. Algumas ajudam a resfriar o planeta ao refletir a luz solar de volta para o espaço, enquanto outras esquentam a Terra ao conservar calor.

Neste trabalho, o sistema Epic já detectou coisas inesperadas, como o rastro de navios. Não são as ondas produzidas por embarcações, mas as nuvens que seus sistemas de exaustão lançam na atmosfera.

continua após publicidade

"Foi surpreendente para nós poder observar isso a um milhão de milhas, e as imagens são melhores quando usamos um comprimento de onda maior, porque isso fornece um maior contraste com a escuridão do oceano", disse Alexander Marshak, cientista do projeto.

Um dos instrumentos do satélite, hoje em fase de testes, é um radiômetro que mede o total de energia solar refletida na Terra, bem como o calor emitido pelo planeta.

Principal investigador dos dados fornecidos por esse equipamento, Steven Lorentz, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, diz que a quantidade de energia solar refletida depende dos continentes e oceanos em foco. A Terra refletia mais calor, segundo ele, quando a África estava em foco (superfícies terrestres são mais brilhantes do que superfícies marítimas), e a Antártica também ficava visível durante o verão no hemisfério sul.

"Os dois polos do planeta aparecem de forma muito visível nos dados. Quando a Terra está inclinada nesta ou naquela direção, isso faz realmente diferença no albedo planetário (poder de reflexão da luz solar). Isso só reforça a importância do gelo para o clima, porque se os polos não estivessem ali, ou se diminuírem, a quantidade de energia (calor) no sistema irá aumentar."

Segundo outro membro do projeto, o cientista Adam Szabo, as medições do satélite não são novidade, pois também são feitas por equipamentos que orbitam a Terra. A vantagem está, diz, no posicionamento do DSCOVR.

"Posicionado entre o Sol e a Terra, o satélite enxerga toda a face iluminada da Terra todo o tempo, permitindo à Terra rotacionar em torno do equipamento em vez de o satélite girar ao redor do planeta."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Satélite captura imagem inédita de eclipse lunar"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!