THAIS BILENKY
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Em meio a apelos contra a islamofobia nos Estados Unidos, recrudescida após os atentados em Paris e na Califórnia, o pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump defendeu que o país barre a entrada de muçulmanos até que as autoridades consigam "entender o que está acontecendo".
Em um comunicado, nesta segunda-feira (7), o favorito à nomeação do Partido Republicano afirmou que "nosso país não pode ser a vítima de ataques horrendos por pessoas que só creem em jihad, e não têm senso de razão ou respeito pela vida humana".
"O ódio foge à compreensão", argumentou. "De onde vem esse ódio e por quê, precisamos determinar."
Menos de 24 horas antes, o presidente Barack Obama havia feito um pronunciamento pedindo que a população americana não diferenciasse os cidadãos com base em sua religião.
"Se queremos ter sucesso no combate ao terrorismo, temos de contar com as comunidades muçulmanas como nossas principais aliadas para erradicar ideias equivocadas que levam à radicalização", afirmou o presidente.
"É de responsabilidade de todos os americanos, de todas as fés, rejeitar a discriminação. É de nossa responsabilidade rejeitar testes religiosos sobre quem admitimos neste país. É de nossa responsabilidade rejeitar linguagem que incentive suspeita e ódio. Porque esse tipo de divisão, que trai nossos valores, joga a favor de grupos como o Estado Islâmico."
Líderes muçulmanos repudiaram a fala de Trump.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2015, 20:50:51 Editado em 27.04.2020, 19:54:27
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