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Instituto mineiro encontra metais pesados acima do limite no rio Doce

JOSÉ MARQUES BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Um relatório sobre a qualidade de água do rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), apontou a presença de metais pesados acima do limite legal em regiões atingidas pela lama de rejei

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2015, 15:08:57 Editado em 27.04.2020, 19:54:43
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JOSÉ MARQUES
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Um relatório sobre a qualidade de água do rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), apontou a presença de metais pesados acima do limite legal em regiões atingidas pela lama de rejeitos de mineração da Samarco, empresa que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP.
O laudo preliminar foi feito pelo Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) e mostra que, entre os dias 7 e 12, foram encontradas quantidades superiores ao permitido de arsênio, cádmio, chumbo, cromo, níquel, mercúrio e cobre.
Em alguns casos, o nível de chumbo ultrapassa cem vezes o limite, como ocorreu no dia 8 nos municípios de Ipatinga e Belo Oriente. No mesmo dia, o nível de arsênio estourou o limite em dez vezes.
À exceção do mercúrio, todos esses metais ultrapassam, em ao menos um momento, o máximo histórico registrado na região pelas estações de monitoramento do Igam.
A análise contrasta com laudos divulgados pela Samarco, feitos pelo Serviço Geológico do Brasil e pela empresa SGS Geosol, que dizem ter coletado sedimentos do rio Doce e dos rejeitos da barragem e comprovado que não houve contaminação da água.
Em nota divulgada nesta sexta (27), a mineradora afirma que não há "aumento da presença de metais que poderiam contaminar a água". Desde o dia 16, os moradores da maior cidade dependente do abastecimento do rio Doce, Governador Valadares (MG), voltaram a receber água do próprio rio, agora tratada com um novo composto químico. A Copasa (empresa de saneamento de Minas) disse que essa água é potável e não oferece risco ao consumidor.
METAIS REVIRADOS
O laudo do Igam é datado do último dia 17, mas foi divulgado esta semana. As coletas acompanharam o avanço dos rejeitos de lama pelos municípios. O relatório diz que os metais encontrados podem ter vindo do material que estava depositado há longos períodos no leito do rio e que foi revirado com a chegada da lama de rejeito.
Segundo o instituto, não é possível prever quando as condições do rio voltarão à normalidade por causa do "impacto causado pelo evento e a possibilidade de novos revolvimentos ocasionados por fatores externos, tais como a ocorrência de chuvas na bacia".

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