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Mulher que atropelou e matou dois em SP paga fiança e deixa delegacia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A motorista Juliana Cristina da Silva, 28, que atropelou e matou dois trabalhadores na madrugada do último domingo (18), pagou R$ 15,8 mil de fiança nesta terça (20) e deixou o 89º DP (Portal do Morumbi), onde estava detida.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2015, 18:45:22 Editado em 27.04.2020, 19:55:40
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A motorista Juliana Cristina da Silva, 28, que atropelou e matou dois trabalhadores na madrugada do último domingo (18), pagou R$ 15,8 mil de fiança nesta terça (20) e deixou o 89º DP (Portal do Morumbi), onde estava detida.
Além da fiança de 20 salários mínimos, até o fim do processo, ela vai ter que comparecer a cada dois meses ao fórum da Barra Funda, zona oeste, não poderá sair de casa entre 22h e 6h, precisará comunicar um juiz se for deixar a capital paulista por mais de 30 dias e segue com a carteira de motorista apreendida.
A decisão de liberar Silva para responder em liberdade foi tomada pelo juiz Paulo de Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais, nesta segunda-feira (19) durante audiência de custódia.
De acordo com o boletim de ocorrência, Silva estava alcoolizada no momento em que invadiu, com um Vectra, uma área em que trabalhadores pintavam a sinalização da avenida Luiz Dumont Villares. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a motorista fugiu do local do acidente sem prestar socorro a duas vítimas que foram atropeladas.
José Hailton de Andrade, 53, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Raimundo Barbosa dos Santos, 38, foi levado para a Santa Casa, onde morreu por volta das 4h. Ambos eram do Piauí.
Inicialmente, o delegado do caso havia informado que Silva responderia processo por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, o secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, disse, em coletiva nesta segunda-feira (19), que a administradora irá responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. "A partir do momento que dirige de forma embriagada, acabou assumindo o risco [de matar, por isso responderá por dolo eventual]", afirmou.
ATROPELAMENTO
Após o atropelamento, a motorista foi seguida por testemunhas e presa pela PM a três quilômetros do local. Ela foi submetida ao teste do bafômetro, e os policiais constataram que apresentava 0,85 mg de álcool por litro de ar expirado. A Lei Seca considera crime quantidade superior a 0,34 mm/l.
A motorista foi autuada em flagrante por dirigir alcoolizada e está detida no 89º DP (Portal do Morumbi). Os homens eram funcionários da Sinalta Propista, empresa terceirizada contratada pela prefeitura.
Além das duas vítimas, outros três funcionários trabalhavam pintando o asfalto naquela região na madrugada deste domingo (18). Segundo Elizabeth Cannizzaro, sócia da empresa, o coordenador do trabalho da equipe que estava lá relatou que a motorista dirigia em alta velocidade.
A empresa tem cerca de 200 funcionários, de acordo com Cannizzaro, e presta serviços para a prefeitura, o governo do Estado de São Paulo e outras empresas privadas. "Por causa de uma inconsequente, perdemos dois amigos, pais de família, homens honrados", lamentou Cannizzaro.
A mãe de Juliana, Silvania de Abreu e Silva, não quis falar. Uma advogada foi à delegacia para representar a condutora, mas a família desistiu de contratá-la.
OUTRO CASO
Em junho deste ano, o gari Alceu Ferraz, 61, morreu após ser atropelado na avenida São João, na região central de São Paulo. Um colega dele também foi atingido e ficou ferido.
A motorista, a estudante de arquitetura Hivena Queiroz Del Pintor Vieira, 24, disse à polícia que saiu de uma festa em Higienópolis e, no centro, foi abordada por três homens numa tentativa de assalto. Na fuga, ela relatou que teria atingindo algo que poderia ter sido o gari.
O advogado da jovem afirmou que, na madrugada do acidente, sua cliente ligou para o 190 e foi orientada a registrar um boletim de ocorrência de tentativa de assalto no 8º DP (Brás). Entretanto, o local informado teria sido a praça João Mendes (região central), e não a avenida São João, como registrado em câmeras de segurança.
"Ela não conhece muito bem a cidade. Por isso se equivocou", afirmou o defensor à época. Ela foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) e liberada em seguida.

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