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Familiares separados pela Guerra da Coreia se reencontram após 60 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 800 sul-coreanos e norte-coreanos voltaram a se encontrar nesta terça-feira (20) com seus parentes separados pela Guerra da Coreia (1950-1953). Quase todos eles nunca se viram pessoalmente depois do fim do conflito, h

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2015, 14:29:16 Editado em 27.04.2020, 19:55:40
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 800 sul-coreanos e norte-coreanos voltaram a se encontrar nesta terça-feira (20) com seus parentes separados pela Guerra da Coreia (1950-1953). Quase todos eles nunca se viram pessoalmente depois do fim do conflito, há 62 anos.
Iniciados em 2000, os encontros são um raro ponto de concordância entre o regime comunista e as autoridades capitalistas do sul. As visitas são disputadas por milhares de pessoas e são poucas as que conseguem participar.
Do lado sul-coreano, a preparação dos visitantes foi feita na cidade de Sokcho, no leste do país. Por lá, os familiares, em sua maioria maiores de 70 anos, recebiam a assistência de médicos e psicólogos antes de seguir para a fronteira.
O primeiro comboio de ônibus deixou a cidade pela manhã (noite de segunda em Brasília) em direção ao Monte Kumgang, do lado norte-coreano. Lá, as famílias terão três dias de encontros com seus familiares norte-coreanos.
A primeira sessão foi pela tarde. Foi quando Lee Jeong-Sook, 68, se encontrou com seu pai, Ri Hong-Jong, 88, a quem havia visto pela última vez quando tinha apenas dois anos. Ri não conteve as lágrimas ao ver sua irmã mais nova, tia de Lee.
"É sua filha, é sua filha", disse a irmã a Ri Hong-Jong, que depois da emoção inicial perguntou pelo resto da família."Quase todos morreram", respondeu sua irmã.
Uma multidão de fotógrafos e jornalistas cercou o casal Lee Soon-kyu, 85, e Oh In-se, 83. A sul-coreana Lee não via o marido Oh, que mora na Coreia do Norte, desde o fim da guerra, quando ele estava no Exército norte-coreano.
As fortes emoções vêm em parte do reencontro entre os familiares e, por outro lado, do reconhecimento de que não poderão mais se ver. Nenhuma das famílias têm direito a uma segunda reunião e as comunicações entre os dois lados são proibidas.
SORTEIO
Do lado sul-coreano, as famílias são escolhidas por meio de uma loteria, que cruza dados dos candidatos e dá preferência aos mais velhos. Depois, as pessoas são submetidas a exame médico e psicológico antes de cruzar a fronteira.
A avaliação do regime norte-coreano leva em consideração, além da proximidade dos candidatos com a ditadura. A reunião tem extensa cobertura da imprensa e serve também para que os norte-coreanos façam propaganda de suas autoridades.
Durante três dias, os sul-coreanos verão seus parentes do Norte em seis ocasiões, de forma privada e publicamente. Cada encontro durará apenas duas horas, o que significa que terão no total 12 horas após mais de 60 anos de separação.
Pela contagem sul-coreana, a metade dos 130.410 candidatos morreu na fila de espera antes de conseguir rever seus entes queridos. De todos, 18.800 puderam se encontrar pessoalmente e outros 3.750 foram se reuniram em videoconferências.
A partir de sábado (24), haverá uma segunda rodada de reuniões. Segundo o Ministério da Unificação sul-coreano, cerca de 250 cidadãos do país seguirão para o Monte Kumgang para se reencontrarem com 190 norte-coreanos.

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