SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), exonerou nesta terça-feira (20) o secretário da Segurança Urbana, Ítalo Miranda Júnior. A decisão foi publicada no "Diário Oficial".
Foram três as trapalhadas que levaram Haddad a demitir Miranda Júnior, que é delegado e filiado ao PMDB.
Na semana passada, a Folha de S.Paulo revelou que o então secretário decretou o sigilo em uma série de dados relativos à Guarda Civil Metropolitana, incluindo imagens das câmeras de monitoramento das ruas da cidade e informações da central de atendimento (via número 153).
A decisão, assinada em maio, deu o carimbo de "reservado" aos dados -que somente poderão ser acessados cinco anos após a medida.
Também na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" relatou que Miranda Júnior nomeou uma funcionária "fantasma", a jornalista Patrícia Morais. Contratada em setembro para o cargo de assessora de imprensa, ela nunca apareceu para trabalhar na secretaria.
A jornalista virou alvo de investigação da Controladoria do Município. Ao jornal, Patrícia Morais afirmou que trabalhava à distância com produção de vídeos.
Haddad também ficou descontente após Miranda Júnior nomear o administrador de empresas Eduardo Anastasi, que já havia sido chefe de gabinete do então deputado estadual Coronel Ubiratan (1943-2006), um dos acusados pelo massacre do Carandiru. Dez dias depois de ganhar o cargo, Anastasi foi demitido pela prefeitura.
A Folha não conseguiu localizar o Miranda Júnior.
No lugar dele, Haddad nomeou o sociólogo Benedito Domingos Mariano.
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2015, 13:00:24 Editado em 27.04.2020, 19:55:40
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