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Ao assumir Educação, Mercadante diz que é preciso fazer 'mais com menos'

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em discurso ao assumir o cargo de ministro da Educação, função que já havia exercido entre 2012 e 2014, Aloizio Mercadante afirmou que é preciso "fazer mais com menos" diante da atual crise financeira e defende

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.10.2015, 19:10:53 Editado em 27.04.2020, 19:56:00
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NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em discurso ao assumir o cargo de ministro da Educação, função que já havia exercido entre 2012 e 2014, Aloizio Mercadante afirmou que é preciso "fazer mais com menos" diante da atual crise financeira e defendeu reformulações em programas da pasta "que não estão tendo o resultado previsto".
"As vicissitudes criadas pela crise e pelo inevitável ajuste fiscal não devem nos desencorajar. Ao contrário, devem nos inspirar para fazer mais e melhor. Teremos que fazer mais com menos", afirmou.
O ministro apontou três áreas principais que, segundo ele, enfrentam problemas e devem passar por ajustes: o pacto nacional pela alfabetização na idade certa, que prevê que todas as crianças estejam alfabetizadas até o 3º ano do fundamental; o Pibid, programa de bolsas para formação de professores; e o Mais Educação, iniciativa que visa levar educação em tempo integral aos alunos.
Segundo Mercadante, assim como as outras iniciativas, o Mais Educação "foi uma grande meta que lançamos e que não está tendo o resultado previsto."
Agora, a ideia é que o programa seja integrado às outras duas iniciativas e tenha foco maior no reforço da aprendizagem de disciplinas como português e matemática.
"É muito bom ter aula de capoeira, música, dança, esporte. Mas, enquanto o Ideb [indicador que mede a evolução da educação básica] não avançar, o Mais Educação vai ser matemática e português para que não deixemos crianças repetindo [de ano]", afirmou.
A proposta, no entanto, gerou incômodo em parte da plateia que acompanhava o discurso.
O ministro disse ainda que o PNE (Plano Nacional de Educação) deve ser a "bússola" de sua gestão e defendeu que haja parceria com Estados e municípios para que a meta de destinar 10% do PIB para a educação possa ser atingida.
"Mesmo com os recursos do fundo social do pré-sal e dos royalties do petróleo, não será possível atingir essa meta [a curto prazo]. Isso vai exigir muita interlocução entre os gestores públicos", disse.
"MAIS COM MENOS"
Em seu discurso, Mercadante evitou, porém, comentar diretamente sobre os cortes no Orçamento que atingiram a Educação neste ano.
Sem citar valores e os impactos, defendeu "aprimorar" iniciativas hoje afetadas pelo ajuste fiscal, como o programa Ciência sem Fronteiras.
Já o ex-ministro Renato Janine Ribeiro não poupou críticas à medida. Em discurso, defendeu mais recursos para a educação e disse que "a inteligência não pode ser contingenciada".
Em clima cordial, Mercadante convidou o antecessor a continuar à frente de alguns projetos mesmo fora do ministério e a acompanhar a aplicação das provas do Enem - o que classificou como um "sofrimento" e uma "aventura".
Ambos também fizeram críticas às greves na educação como a dos docentes de universidades federais, a mais longa já registrada. Segundo o ministro, apesar do "direito de greve", é preciso ter "responsabilidade de greve".
"Não podemos ter greves de três, quatro meses. Falta mais diálogo, mais negociação, menos intransigência e mais responsabilidade com o aluno", disse.

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