SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na mesma reunião em que anunciou que seu país irá acolher 24 mil refugiados em dois anos, o presidente da França, François Hollande, informou nesta segunda (7) que seu país irá realizar voos de reconhecimento na Síria para bombardear alvos da milícia terrorista Estado Islâmico (EI).
"Pedi que os voos de reconhecimento sejam feitos a partir de amanhã. Isso permitirá planejar os ataques contra o EI", disse Hollande em encontro com a imprensa.
Hollande excluiu, porém, a possibilidade de operações com soldados em terra no país.
"Seria inconsequente e irrealista enviar tropas terrestres à Síria. Não faremos intervenções por terra, assim como não fizemos no Iraque".
"No Iraque, cabe aos iraquianos realizar tais operações. Na Síria, cabe aos sírios que estão em rebelião. E que também devem assumir suas responsabilidades com os países vizinhos e as forças regionais", acrescentou Hollande.
COALIZÃO
Como integrante de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, a aviação francesa já bombardeia posições da milícia EI no Iraque.
Mas Paris vinha recusando atuar contra os terroristas na Síria, argumentando que isso poderia trazer vantagens ao regime do ditador Bashar al-Assad.
Hollande afirmou que a solução para a guerra na Síria é "política" e que a França "conversa com todos os países que podem promover essa transição". Entre esses países, ele citou a Rússia, o Irã e os países que integram a coalizão.
"Na Síria, não se deve fazer nada que possa consolidar ou manter Bashar al-Assad", disse Hollande.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.09.2015, 10:13:35 Editado em 27.04.2020, 19:56:48
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