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Governo do Chile lamenta que general morto não tenha confessado crimes

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo do Chile lamentou neste sábado (8) que o ex-chefe da Dina Manuel Contreras tenha morrido sem revelar informações importantes sobre o regime de Augusto Pinochet (1973-1990). Responsável pela polícia secreta do ditad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.08.2015, 21:22:15 Editado em 27.04.2020, 19:57:37
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo do Chile lamentou neste sábado (8) que o ex-chefe da Dina Manuel Contreras tenha morrido sem revelar informações importantes sobre o regime de Augusto Pinochet (1973-1990).
Responsável pela polícia secreta do ditador, Contreras morreu na noite de sexta (7) aos 86 anos por complicações provocadas por um câncer de cólon. A morte foi festejada por ativistas contrários à ditadura.
Em comunicado, a administração da presidente Michelle Bachelet afirmou que Contreras era "um dos personagens mais obscuros de nossa história, responsável por crimes e graves violações de direitos humanos".
"Contreras morreu levando informação valiosa para saber a verdade e fazer justiça a respeito do horror cometido pela ditadura. É o momento para reafirmar nosso compromisso com o respeito aos direitos humanos."
O ministro do Governo, Marcelo Díaz, lembrou que o ex-chefe da Dina morreu condenado pelos crimes que cometeu e reiterou o compromisso do governo para continuar esclarecendo os crimes da ditadura.
"Ele morreu condenado, privado de liberdade, cumprindo sentença pelos crimes atrozes que cometeu contra seus próprios compatriotas. Morre como um homem sinistro, sendo chefe de um dos órgãos mais nefastos."
O subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy, ironizou o fato de que a família de Contreras receberá os restos do general, mandante de diversos desaparecimentos.
"Morreu o maior assassino que este país teve em sua história. É um paradoxo que a família de Contreras saiba do paradeiro de seu corpo."
BACHELET
A presidente Michelle Bachelet ainda não se manifestou sobre a morte. Vítima da ditadura, a mandatária foi uma das responsáveis por impulsionar os julgamentos dos aliados da ditadura.
Ela foi atingida duas vezes pelo regime de Pinochet. Seu pai, o general Alberto Bachelet, foi preso pela Força Aérea em 1973 e condenado à prisão perpétua, supostamente por traição à pátria.
No ano seguinte, o pai da presidente morreu após sofrer um infarto provocado por uma seção de interrogatórios e tortura. Os agentes carcerários não lhe ofereceram assistência médica.
Em janeiro de 1975, Michelle Bachelet e a mãe, Angela Jeria, foram presas pela Dina devido à associação com o então proibido Partido Socialista e ao apoio aos perseguidos pela ditadura.
Na cadeia, as duas foram torturadas e interrogadas. Quatro meses depois, ela partiu para o exílio na Austrália e depois na Alemanha Oriental.

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