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Hiroshima relembra 70 anos da bomba atômica

Os sinos tocaram hoje (6) em Hiroshima, no Japão, para marcar o 70º aniversário da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, no final da 2ª Guerra Mundial. Às 08h15, horário local, momento em que a bomba foi lançada, cerca de 55 mil pessoas que estavam

Da Redação

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O sobrevivente da bomba de Hiroshima, Juni Sarashina, conta sua história na vigília em comemoração ao 70° aniversário do bombardeio atômico em Hiroshima e NagasakiMike Nelson/EPA/Agência Lusa
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O sobrevivente da bomba de Hiroshima, Juni Sarashina, conta sua história na vigília em comemoração ao 70° aniversário do bombardeio atômico em Hiroshima e NagasakiMike Nelson/EPA/Agência Lusa
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.08.2015, 12:35:00 Editado em 27.04.2020, 19:57:39
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Os sinos tocaram hoje (6) em Hiroshima, no Japão, para marcar o 70º aniversário da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, no final da 2ª Guerra Mundial. Às 08h15, horário local, momento em que a bomba foi lançada, cerca de 55 mil pessoas que estavam no Parque Memorial da Paz em Hiroshima fizeram um minuto de silêncio em memória às vítimas.

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Os hibakusha, como são conhecidos os sobreviventes já idosos da bomba atômica, estavam entre os participantes. No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica de urânio, batizada Little Boy, sobre a cidade de Hiroshima. 

O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, depositou uma lista com os nomes de mais de 297 mil vítimas do bombardeio dentro do memorial. A lista inclui os nomes de mais de 5,3 mil pessoas que morreram ou cujas mortes devido ao bombardeio foram confirmadas no último ano. Matsui chamou as armas nucleares de “o mal absoluto” e de “desumanidade suprema”. Segundo ele, é chegada a hora de agir para abolir esse tipo de armamento. 

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O prefeito de Hiroshima reiterou a necessidade de implantação de sistemas de segurança amplos e versáteis que não dependam do poderio militar. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e representantes de 100 países também compareceram na cerimônia, entre eles, potências nucleares como a Rússia, o Reino Unido e a França. Abe disse que o Japão vai continuar buscando a cooperação tanto de países com e sem armas nucleares para agir ainda mais em prol de um mundo sem armas nucleares. 

Para demonstrar sua determinação, o primeiro-ministro afirmou que o Japão vai submeter uma nova resolução à Assembleia Geral das Nações Unidas visando a abolir as armas nucleares. Depois do ataque sobre Hiroshima, os Estados Unidos lançaram, três dias depois, uma segunda bomba, sobre a cidade de Nagasaki. Em 15 de agosto, depois do último bombardeio e da declaração de guerra da União Soviética, o imperador Hirohito do Japão anunciou o cessar-fogo. Em 2 de setembro, o Japão assinava o instrumento de rendição incondicional, pondo fim à guerra. 

O papel das bombas atômicas na rendição japonesa e a sua justificativa ética continuam a ser debatidos. Em um estudo do instituto norte-americano Pew Research Center, divulgado em fevereiro, mais de 56% dos norte-americanos consideraram que a utilização da bomba atômica contra o Japão foi justificada, contra 79% dos japoneses que afirmaram o contrário. Tanto Hiroshima quanto Nagasaki, a segunda cidade japonesa a sofrer um ataque nuclear, pedem a Barack Obama que se torne o primeiro presidente norte-americano a visitar ambas as cidades. Apesar de Obama não estar presente nas cerimônias, a Casa Branca não descartou a possibilidade de a visita poder ocorrer antes do término do seu mandato, em 2017.

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*Com informações das agências Lusa e NHK 

Edição: Denise Griesinger

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