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Sobrevivente de estupro coletivo no Piauí não sabe da morte de amiga

YALA SENA TERESINA, PI (FOLHAPRESS) - Uma das garotas vítima de estupro coletivo no Piauí, a única que continua hospitalizada, ainda não sabe que uma de suas amigas não resistiu aos ferimentos. Danielly Rodrigues Feitosa, 17, teve fraturas ao ser jogada

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.06.2015, 16:44:03 Editado em 27.04.2020, 19:58:42
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YALA SENA
TERESINA, PI (FOLHAPRESS) - Uma das garotas vítima de estupro coletivo no Piauí, a única que continua hospitalizada, ainda não sabe que uma de suas amigas não resistiu aos ferimentos. Danielly Rodrigues Feitosa, 17, teve fraturas ao ser jogada de um penhasco e morreu no último dia 7.
Quatro amigas foram atacadas por cinco homens - um adulto e quatro adolescentes -, amarradas, violentadas sexualmente e empurradas do alto de um morro na cidade de Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina) em 27 de maio.
Durante audiência para ouvir as três sobreviventes do crime, nesta quinta-feira (25), os pais e a equipe médica pediram que o promotor e o juiz omitissem a informação da jovem.
Ela foi levada do HUT (Hospital de Urgência de Teresina) para a delegacia, onde foi ouvida por cerca de 40 minutos. O HUT montou um esquema especial para a transferência da adolescente, que conversou com o promotor acompanhada de enfermeiros e psicólogos.
A jovem está hospitalizada há 29 dias e se recupera de um traumatismo craniano.
"A pedido dos pais e da própria equipe médica não tocamos na morte da Danielly. Ela ainda não sabe da morte da amiga e vive momento delicado de recuperação", disse o promotor Cesário Cavalcante.
A garota tem quadro estável, mas apresenta lapsos de memória. O médico Gilberto Albuquerque, diretor do HUT, disse que ainda é cedo para saber se a menina terá sequelas. "O tratamento está evoluindo e seu quadro é estável. Ela está consciente, mas tem lapso de memória. Ela teve um trauma craniano e ainda precisamos averiguar se a lentidão que ela apresenta é pelo trauma craniano ou psicológico", disse o médico.
A previsão, segundo ele, é que a garota tenha alta médica até domingo (28).
As três vítimas foram ouvidas na companhia dos pais. Outra garota, de 15 anos, chegou ao local de cadeira de rodas.
Foi a primeira vez que as sobreviventes se encontraram após o crime. "Foi muito emocionante, elas se abraçaram", contou o promotor.
No encontro, a garota internada chegou a perguntar por Danielly, mas as amigas disseram que ela já tinha ido embora. As meninas rezaram o "Pai Nosso" e pediram paz e justiça.
O promotor informou que o juiz deve anunciar a sentença no dia 10 de julho. O Ministério Público pediu pena de 151 anos de prisão para Adão José de Sousa, 40, apontado como o líder do crime.

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