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Promotoria apura se tropa de elite da PM do Rio ocultou corpo de Amarildo

FELIPE DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Ministério Público do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira (22) que investiga a possível participação de militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) na ocultação de cadáver d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.06.2015, 23:04:54 Editado em 27.04.2020, 19:58:47
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FELIPE DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Ministério Público do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira (22) que investiga a possível participação de militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) na ocultação de cadáver do pedreiro Amarildo Souza, 43, que está desaparecido desde julho de 2013.
Amarildo, como ficou conhecido, desapareceu após ter sido detido por PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade da Rocinha, maior favela da cidade, na zona sul.
Segundo o Ministério Público, as investigações se baseiam na análise de imagens de câmeras de vídeo da comunidade e nas informações do GPS dos veículos do Bope. O exame detalhado das imagens, feito pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia, da Coordenadoria de Inteligência da Promotoria, mostra um volume embalado dentro de um carro do Bope.
Segundo o Ministério Público informou em nota, o volume é "não incompatível com um cadáver embalado". A investigação foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo nesta segunda.
No processo que apura responsabilidade dos policiais militares da UPP da Rocinha, consta a informação de que o corpo de Amarildo foi envolto em uma capa de moto com fitas adesivas. A suspeita já vinha sendo investigada desde 2013.
Já em 2013, depoimentos prestados ao Ministério Público estadual levaram promotores e policiais a suspeitar da atuação do Bope no desaparecimento de Amarildo, registrado em 14 de julho daquele ano.
Naquele dia, um domingo por volta das 23h, quatro carros do Bope foram chamadas à Rocinha pelo então comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), o major Edson Santos. Segundo justificativa do major, a favela corria o risco de sofrer uma invasão de traficantes. Amarildo desapareceu por volta das 19h.
Apuração do Ministério Público não confirmou o risco de invasão naquele dia.
Há suspeita dos promotores de que após ser enrolado em uma capa preta, o corpo do ajudante de pedreiro possa ter sido colocado em um carro do Bope.
DESAPARECIMENTO
O ajudante de pedreiro Amarildo de Souza desapareceu após ter sido detido por policiais militares na porta de sua casa, na favela da Rocinha, e levado à UPP da comunidade. Ele teria sido submetido à tortura e morrido na unidade policial. O corpo do pedreiro nunca foi encontrado.
Seu desaparecimento tornou-se símbolo de casos de abuso de autoridade, violência policial e deu origem a diversos protestos. O inquérito instaurado pela PM apontou o envolvimento de 29 policiais militares no crime. Entre eles está o major Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha.
Santos afirma ser inocente. Em entrevista à Folha de S.Paulo, disse que a morte do pedreiro foi uma represália dos traficantes da região por considerarem a vítima um informante dos militares.

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