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Parada Gay tem combate a ambulantes e aluguel de banheiro no centro de SP

Inclui a retranca PARADA-GAY 2 - (ATUALIZADA) SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Parada Gay, que acontece neste domingo (7), na região central de São Paulo, tem combate ao comércio irregular, aluguel de banheiros e promoção de cerveja. Por volta das 14h40, m

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.06.2015, 18:22:01 Editado em 27.04.2020, 19:59:22
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Inclui a retranca PARADA-GAY 2 - (ATUALIZADA)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Parada Gay, que acontece neste domingo (7), na região central de São Paulo, tem combate ao comércio irregular, aluguel de banheiros e promoção de cerveja. Por volta das 14h40, milhares de pessoas já lotavam a avenida Paulista e a rua da Consolação, acompanhadas de 18 trios elétricos.
No meio da multidão, agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) tentavam combater o comércio ambulante. A reportagem presenciou a ação dos guardas, e a fuga de alguns vendedores, que acabaram deixando a mercadoria para trás.
Assim como em edições anteriores do evento, alguns estabelecimento da região também aproveitam para conseguir um dinheiro extra alugando banheiro às pessoas que não querem usar os banheiros químicos. Na rua da Consolação, um estacionamento cobra R$ 3 pelo uso do banheiro.
Já as cervejas ganharam um promoção especial no evento desse domingo, e estão sendo vendidas por R$ 10 três unidades.
A Parada iniciou o percurso por volta das 12h30, mas a concentração já acontecia desde o início da manhã, na avenida Paulista. A Polícia Militar estima que já estavam no local em torno de 1.500 pessoas por volta das 9h. Até as 14h40, a corporação ainda não tinha atualizado esse número.
O tema deste ano é "Eu nasci assim. Eu cresci assim. Vou ser sentir assim. Respeitem-me!" e é uma reverência à autoestima e à aceitação. Alguns transsexuais se queixam de exclusão do movimento.
Nos trios, que em sua maioria, vinha faixas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), discursaram, antes da parada entrar em movimento, a senadora Marta Suplicy, o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, e o deputado Estadual Carlos Giannazi.
"O tema desse ano é muito verdadeiro. Ninguém diz: 'quarta-feira vou virar homossexual'. No Congresso nós temos um momento difícil, que está muito conservador. Na discussão do código penal foi retirada a palavra homofobia. Nós não podemos ignorar isso. Esse crime precisa ser penalizado de outra forma", disse Marta.
CONFUSÃO
Uma briga chegou a provocar correria, por volta das 15h30, no final da rua da Consolação. Os dois rapazes foram separados por policiais militares e precisaram receber atendimento dos bombeiros. Um dos envolvidos na briga disse à polícia que bateu no outro porque ele estava passando a mão nas garotas.
Houve um outro tumulto na retirada das atrizes da série 'Orange is the New Black' do trio elétrico. Natasha Lyonne, Uzo Aduba e Samira Wiley estavam escoltadas por seguranças e uma mulher chegou a ser jogada ao chão durante a confusão. Não houve registro de feridos.
DESMONTE
Por volta das 15h30, as equipes responsáveis pela estrutura montada na avenida Paulista para separar a área da Parada já começava a desmontá-la. Já às 16h30, policiais militares retiravam as últimas pessoas que persistiam no local, seguidos pelas equipes de limpeza.
Um dos coordenadores, que não quis se identificar, afirmou que a retirada das placas de separação começavam a ser removidas por volta das 18h em anos anteriores. Ele conta que trabalha há dez anos na Parada Gay e que a deste ano foi a mais vazia.
COBRANÇAS
Na abertura do evento, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentaram cobranças por parte de ativistas sobre a atuação pública contra a homofobia e a favor dos direitos desse grupos.
Durante os discursos e em entrevista coletiva de imprensa, que contava com autoridades do governo, da prefeitura e de movimentos ligados à causa gay, ativistas levantaram cartazes em protesto ao tratamento dado pela polícia à travesti Verônica Bolina, 25, espancada quando estava presa em abril deste ano no 2º DP (Bom Retiro). De acordo com os manifestantes, faltou ação e esclarecimentos por parte do governo de São Paulo.
O secretário da Segurança Pública do governo Alckmin, Alexandre de Moraes, disse haver um terceiro laudo de investigação em curso para tentar esclarecer esse caso.
Ativistas também questionaram a redução de verbas da prefeitura para a realização da parada neste ano. Em meio a restrições financeiras, a gestão Haddad, que previa investir R$ 2 milhões no evento, reduziu a quantia para R$ 1,3 milhão.
"Queremos o diálogo, e não o enfrentamento", disse Nelson Matias, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que cobrou o prefeito diretamente sobre a diminuição dos recursos.
"A Prefeitura de São Paulo, sem sombra de dúvida, é a que mais apoia o movimento no Brasil. A parada do Rio tem a mesma escala que a nossa, independente do número exato de participação, e foram rateados R$ 800 mil por parte do governo e prefeitura cariocas. Aqui, só a prefeitura cotou R$ 1,3 milhão", disse Haddad.
Na última semana, Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, disse que os cortes estão em consonância com ajustes feitos pela prefeitura em outras áreas. O orçamento previsto para políticas LGBT em geral, em 2015, era de cerca de R$ 8 milhões, mas a Câmara dos Vereadores aprovou R$ 3,4 milhões -57,5% a menos.

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