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Alemão ferido em explosão de prédio em São Conrado diz que foi torturado

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O alemão Markus Müller, 54, que teve 50% do corpo queimado depois de uma explosão no apartamento onde morava, em São Conrado, na zona sul do Rio, contou aos médicos que foi torturado por um assaltante antes de ter seu apa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2015, 22:20:06 Editado em 27.04.2020, 19:59:48
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O alemão Markus Müller, 54, que teve 50% do corpo queimado depois de uma explosão no apartamento onde morava, em São Conrado, na zona sul do Rio, contou aos médicos que foi torturado por um assaltante antes de ter seu apartamento explodido. A informação é do diretor do Hospital Miguel Couto, Luiz Essinger. Segundo o médico, a vítima repetiu, muito agitado, que também foi ameaçado pelo assaltante.
Em entrevista ao RJTV, da "TV Globo", Essinger afirmou que Müller disse que um homem teria invadido seu apartamento querendo um relógio Rolex dourado e dinheiro. Segundo o relato, o assaltante torturou o alemão com uma faca durante toda a noite. Depois disso, teria ameaçado explodir o apartamento.
"Ele teria dado uma bebida avermelhada para ele antes de dizer que iria explodir tudo. A equipe médica pensa em duas hipóteses: ou realmente a história é verdadeira ou ele teve algum tipo de surto psicótico", disse o médico.
Apesar de levantar a possibilidade de surto psicótico para o relato do alemão, o médico não descartou a possibilidade da vítima realmente ter sido ferida com uma faca, já que tem o corpo repleto de lesões.
"Eram lesões longitudinais, superficiais e não eram de explosão, lembra muito uma arma branca, faca, compatível com a história que ele conta. Agora se foi provocado por alguém, é muito difícil saber, a polícia está investigando", afirmou.
CONSUMO DE GÁS
O volume de gás consumido pelo apartamento que explodiu na última segunda-feira (18), em São Conrado, foi cinco vezes maior no dia da explosão do que a média mensal registrada pela concessionária de gás, a CEG. De acordo com a empresa, no dia do incidente, foram consumidos 30 metros cúbicos de gás, contra seis registrados mensalmente. De acordo com técnicos da empresa, o aumento no consumo é alto e, portanto, não seria típico de problemas provenientes de falta de manutenção.
A informação sobre o consumo de gás reforça uma das teses investigadas pela Polícia Civil de que uma provável causa da explosão seria um vazamento na conexão do rabicho do aquecedor com a tubulação de gás. Os investigadores acreditam que, como a explosão ocorreu por volta das 5h50, o gás vazou durante toda a noite. Ao acender a luz, o alemão pode ter provocado a explosão.
O rabicho do aquecedor foi recolhido pelos peritos na última quarta-feira (20). Com aparência de novo, a Polícia Civil não descarta a hipótese de o morador ter tentado instalar um novo aquecedor na área de serviço e não ter conseguido. A troca teria provocado vazamento de gás.
Morador do apartamento, Müller teve 50% do corpo queimado e segue internado no Centro de Tratamento para Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz (zona oeste). Seu estado é grave. Além das queimaduras, ele apresenta ferimentos pelo corpo que, para a polícia, podem ter sido causados por agressão ou até tentativa de suicídio. Outras três pessoas ficaram feridas na explosão.
Além do imóvel onde vivia o alemão, outros oito apartamentos ficaram completamente destruídos. O prédio residencial tem 19 andares e 72 apartamentos.
Para reconstruir as áreas danificadas do prédio, serão necessários de dois a três meses. A previsão foi feita pelo coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro), Manoel Lapa.
O prédio estava em dia com a vistoria estrutural, feita em setembro passado, mas o síndico não soube informar se uma fiscalização das instalações de gás havia sido feita recentemente no apartamento onde houve a explosão, no décimo andar. A proprietária do apartamento não foi encontrada. O laudo da perícia que dirá a causa da explosão deve ser divulgado em até um mês.

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