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Com baixo estoque, Saúde inicia campanha para coleta de leite materno

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Amamentar o próprio filho é um ato de amor, mas doar leite e ajudar a alimentar outros bebês é um ato de amor ainda maior. Esse gesto de solidariedade salva vidas e forma o futuro de muitas crianças", disse a ministra interin

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.05.2015, 15:39:12 Editado em 27.04.2020, 19:59:52
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Amamentar o próprio filho é um ato de amor, mas doar leite e ajudar a alimentar outros bebês é um ato de amor ainda maior. Esse gesto de solidariedade salva vidas e forma o futuro de muitas crianças", disse a ministra interina da Saúde, Ana Paula Soter, durante o lançamento da campanha para aumentar o número de doadoras voluntárias de leite materno aos bebês prematuros.
Segundo dados da pasta, o volume de leite materno coletado atualmente representa de 55% a 60% da real demanda no país. De janeiro a dezembro de 2014, foram coletados em todo o país 184 mil litros de leite materno, beneficiando a 178 mil recém-nascidos. Ao todo, 164 mil mulheres doaram neste período. De 2008 até 2014 foi registrado aumento de 11% no volume de coletas de leite no Brasil.
Com o tema "Seja doadora de leite materno e faça a diferença na vida de muitas crianças", o ministério pretende ampliar o volume de leite materno coletado e distribuído para os recém-nascidos, especialmente os prematuros de baixo peso internados nas UTIs. A meta do Ministério da Saúde é aumentar em 15% o volume do leite coletado com a campanha, que também marca a comemoração dos 30 anos de Políticas Públicas dos Bancos de Leite Humano
Ana Paula Soter destacou ainda a importância dos bancos de leite para salvar a vida dos bebês prematuros. "A nossa rede de banco é a maior e mais completa do mundo. Temos hoje 215 bancos de leite espalhados por todo o Brasil e cada Estado tem, pelo menos, uma unidade, além dos postos de coleta", explicou.
A apresentadora Maria Paula, Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, também citou a função social na doação de leite materno. "Amamentar é uma função social, um vínculo afetivo muito grande. Doar leite é que nem amor: quanto mais se dá, mais ele jorra dentro de você", disse.
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol.
Para a mulher, a amamentação reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente.
COMO DOAR
Para ser doadora, a mulher deve estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação. Antes da coleta, é aconselhável que a doadora faça uma higiene pessoal, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, usando pano ou máscara sobre o nariz e a boca, lavando bem as mãos e os braços, até o cotovelo, com bastante água e sabão. As mamas devem ser lavadas apenas com água e, em seguida, secadas com toalha limpa.
O leite deve ser coletado em local limpo e tranquilo. O leite humano extraído para doação pode ficar no freezer ou no congelador da geladeira por até dez dias. Nesse período, deverá ser transportado ao banco de leite humano mais próximo da sua casa.
O Brasil conta com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta distribuídos em todos os estados. Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde já repassou R$ 3,2 milhões para custeio do serviço no país.
O modelo do Banco de Leite Humano Brasileiro é referência internacional e, desde 2005, o país exporta técnicas de baixo custo para implementar bancos de leite materno em 25 países da América Latina, Caribe Hispânico, África Portuguesa e Península Ibérica. Uruguai, Venezuela e Equador receberam as primeiras tecnologias transferidas e Portugal e Espanha receberam os primeiros bancos no modelo brasileiro.

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