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Não existe mais pacificação, diz mãe jovem morto em tiroteio no Rio

FELIPE DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Foi enterrado no fim da tarde desta segunda-feira (11), em um cemitério em Botafogo, zona sul do Rio, o corpo Diego Luniére, 22, jovem que morreu em um confronto nas favelas do Fallet e morro da Coroa,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.05.2015, 19:17:39 Editado em 27.04.2020, 20:00:04
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FELIPE DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Foi enterrado no fim da tarde desta segunda-feira (11), em um cemitério em Botafogo, zona sul do Rio, o corpo Diego Luniére, 22, jovem que morreu em um confronto nas favelas do Fallet e morro da Coroa, zona norte.
No velório, a mãe da vítima, Nilce Rodrigues, criticou a política de segurança do Estado e afirmou que casos como o de seu filho podem ocorrer em qualquer lugar do Rio. Diego foi baleado durante um tiroteio entre policiais e traficantes no domingo (10). Na sexta (8), houve outro confronto, entre traficantes - quatro pessoas morreram na ocasião.
A região tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), vitrine do governo do Rio na área de segurança pública.
"A segurança do Estado está falida. Não existe mais pacificação no morro e nem no asfalto. Perdi um filho no Dia das Mães, ele estava indo pra minha casa. Ia almoçar comigo. Vocês não sabem o que é esperar ele chegar e saber que não vai aparecer mais", disse ela, visivelmente emocionada.
Sobre a rotina do jovem na comunidade, ela afirmou que Diego ia frequentemente ao local. "Ele sempre ia na comunidade nos finais de semana. Ele ia encontrar o pai, fazia os eventos e nunca teve problemas."
Ela ainda disse que optou por realizar o enterro do corpo na zona sul temendo a violência do cemitério do Catumbi, bairro em que o filho morreu. "O enterro teve que ser feito na zona sul porque no Catumbi não há segurança. As balas sobem e descem lá, não queria por meus amigos e familiares em risco. Na zona sul ainda resta um pouco de segurança."
Nilce disse que Diego, que era rapper, iniciava projetos sociais no morro do Fallet tendo a música como ferramenta.
Ela pediu para que eles sejam mantidos. "Todos nós vamos nos unir e vamos mostrar que o sonho não morreu, ele só está começando. Ele nunca se envolveu em nada errado, era um jovem temente a Deus e sonhava ajudar as pessoas, é isso que vamos fazer agora."
Na noite de sexta-feira (8), traficantes do morro do Fallet tomaram pontos de venda de drogas na comunidade da Coroa. Iniciou-se um intenso tiroteio, que deixou quatro mortos e cinco feridos. Agentes da UPP abandonaram o morro da Coroa em meio à troca de tiros.

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