FELIPE SOUZA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (7) que não vai negociar com os professores estaduais em greve. Parados há 55 dias, os grevistas têm uma audiência de conciliação com o governo estadual marcada para esta tarde.
Alckmin disse que o Estado vai participar do encontro, mas não vai fazer uma contraproposta de aumento salarial porque o último ocorreu há oito meses. "Não existe reajuste de oito em oito meses. [O professor] já pode ter 10% a mais a cada três anos se passar na prova dada, também nomeamos os concursados. Tudo foi feito. Não tem nenhum sentido discutir ajuste após oito meses", afirmou.
O governador disse ainda que fez nos últimos anos um plano de carreira e de recuperação salarial para os servidores. "Estamos 26% acima do piso nacional. A média salarial de professores [do Estado] é de R$ 4.440. O [último] reajuste foi 21% acima da inflação em julho do ano passado, com pagamento em agosto."
O piso pago aos professores do Estado de São Paulo é de R$ 2.415,89. Os docentes paulistas entraram em greve no dia 16 de março e pedem um reajuste salarial de 75,33%, melhores condições de trabalho e o fim do fechamento de classes.
A paralisação atinge boa parte das maiores escolas, mas com baixa adesão. A reportagem consultou nesta semana os 15 colégios com mais matrículas na capital. Dos 12 que responderam, apenas dois afirmaram que não havia nenhuma paralisação.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.05.2015, 15:15:41 Editado em 27.04.2020, 20:00:11
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