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Maduro e Obama têm encontro informal durante cúpula no Panamá

PATRÍCIA CAMPOS MELLO E SYLVIA COLOMBO, ENVIADAS ESPECIAIS PANAMÁ (FOLHAPRESS) - Apesar de dizer que estendia a mão para conversar Barack Obama, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu neste sábado (11) a revogação do decreto que impõe sanções

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2015, 11:26:36 Editado em 27.04.2020, 20:01:00
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PATRÍCIA CAMPOS MELLO E SYLVIA COLOMBO, ENVIADAS ESPECIAIS
PANAMÁ (FOLHAPRESS) - Apesar de dizer que estendia a mão para conversar Barack Obama, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu neste sábado (11) a revogação do decreto que impõe sanções contra autoridades de seu país.
"Quero conversar com ele, mas mando mensagens, e ele nunca responde", disse à plenária da Cúpula das Américas.
Obama não ouviu a queixa, porque, no momento do discurso, havia saído da sala para uma bilateral, deixando um representante em seu lugar.
"Não é só a sanção a sete funcionários. O decreto se mete na vida interna da Venezuela. Os problemas dos venezuelanos têm de ser resolvidos de acordo com nossa Constituição."
Neste sábado (11), os dois se encontraram brevemente num intervalo da cúpula.
Segundo a Casa Branca, Obama teria demonstrado apoio por um diálogo pacífico entre os partidos da Venezuela e reforçado que o interesse dos EUA não era "ameaçar" o país, mas sim "apoiar a democracia, a estabilidade e a prosperidade" na região.
Antes do rápido encontro, Maduro dissera que Obama se recusava a aceitar as credenciais do embaixador indicado por Caracas.
Assim como na sexta (10), quando visitou o bairro de El Chorrillo, alvo de um bombardeio na invasão americana em 1989, Maduro reiterou que os EUA deveriam pedir desculpas aos panamenhos.
O mandatário também acusou Washington de atacar e perseguir Hugo Chávez (1954-2013). Chegou, inclusive, a sugerir que sua morte estava relacionada a pressões da potência. Chávez, porém, morreu vítima de um câncer.
Maduro recebeu o apoio de outros presidentes da região.
Rafael Correa, do Equador, disse que a aproximação de EUA e Cuba era boa notícia, mas que continuaria existindo "uma América ao norte e outra ao sul", e que o diálogo só seria possível se tais diferenças fossem respeitadas.
Já a argentina Cristina Kirchner pediu aos EUA "mais sinceridade" e que se discutisse o tema do narcotráfico "levando em consideração quem consome as drogas produzidas na América Latina e quais são os bancos que lavam o dinheiro do crime organizado".
Ela também confrontou declaração de Obama sobre superar problemas passados. "Obama disse que não gosta de história, mas eu adoro."
Ela foi muito aplaudida quando disse que Cuba estava na reunião não por benevolência dos EUA, mas pela resistência do povo cubano.
O boliviano Evo Morales também reforçou que a história não poderia ser esquecida. "Obama diz que quer ajudar Cuba, mas o que ele tem de fazer é ressarcir os danos causados pelo embargo."
Em entrevista coletiva ao final da reunião, Morales acrescentou que o decreto contra a Venezuela era "contra toda a América Latina", também exigindo sua revogação.

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