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Raúl Castro critica EUA, mas poupa Obama e diz que Cuba quer dialogar

PATRÍCIA CAMPOS MELLO E SYLVIA COLOMBO, ENVIADAS ESPECIAIS PANAMÁ (FOLHAPRESS) - O presidente de Cuba, Raúl Castro, reafirmou neste sábado (11) que seu governo está disposto a continuar o processo de aproximação com os Estados Unidos, iniciado com o anún

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2015, 14:33:12 Editado em 27.04.2020, 20:01:01
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PATRÍCIA CAMPOS MELLO E SYLVIA COLOMBO, ENVIADAS ESPECIAIS
PANAMÁ (FOLHAPRESS) - O presidente de Cuba, Raúl Castro, reafirmou neste sábado (11) que seu governo está disposto a continuar o processo de aproximação com os Estados Unidos, iniciado com o anúncio da retomada de relações diplomáticas entre os dois países, em dezembro.
"Reitero ao presidente Obama nossa disposição ao diálogo e à convivência civilizada entre ambos Estados, dentro de nossas profundas diferenças", disse neste sábado (11), durante a cúpula das Américas, no Panamá.
O líder cubano voltou a reclamar do embargo à ilha, mas também fez diversas críticas à atuação dos EUA no país ao longo das história.
Durante seu longo discurso, no qual Obama passou mascando chiclete -ele parou de fumar e frequentemente recorre a chiclete de nicotina-, Castro percorreu a história cubana desde os tempos da ocupação norte-americana, no século 19, afirmando que a "luta do povo cubano não havia começado com o embargo".
Castro ainda falou sobre a Venezuela. Ele defendeu a gestão de Nicolás Maduro contra as "tentativas de desestabilização", repudiou as sanções americanas contra autoridades venezuelanas e afirmou que o país não é ameaça à segurança nacional de nenhum país nem dos Estados unidos. Foi aplaudido.
Mas, após enfileirar várias críticas contra os americanos, Castro poupou Obama: "Peço desculpas ao presidente Obama porque ele não tem culpa de nada disso. Os dez presidentes americanos que vieram antes têm dívida conosco, apenas Obama que não", afirmou.
"Ele é um homem honesto e isso se deve a sua origem humilde" continuou, logo antes de agradecer "os esforços de Obama para que o Congresso americano retire o o embargo a Cuba".
Por fim, Castro pediu que os EUA retirem Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo.
"Aprecio como um passo positivo que decidirá rapidamente sobre a presença de Cuba na lista de terrorismo, na qual jamais deveria estar", afirmou Castro.
REAPROXIMAÇÃO
Mais cedo neste sábado, Obama havia saudado a aproximação do país com Cuba e assegurado que as mudanças abrem uma nova era no hemisfério.
"Nunca antes as relações com a América Latina" foram tão boas, disse Obama durante o evento, que marca a aproximação anunciada em dezembro entre os dois países.
Na sexta-feira (10), Obama e Castro se cumprimentaram, em um gesto simbólico de aproximação.
Os dois devem ter reunião bilateral neste sábado (11), considerada histórica. Será o primeiro evento formal entre líderes dos países desde 1961.

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