SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo menos 20 trabalhadores morreram e outros três ficaram feridos ao serem baleados enquanto dormiam na madrugada deste sábado (11). Um grupo armado teria alvejado as vítimas que trabalhavam na construção de uma barragem no sudoeste do Paquistão.
A emboscada ocorreu por volta das 2h locais (18h de sexta-feira, 10, em Brasília), perto da cidade de Turbat, no distrito de Kech, disse o comissário-adjunto local, Mumtaz Ali.
Dezesseis dos mortos eram da província de Punjab, no Paquistão, e quatro eram da província de Sindh. Os seguranças da obra, todos do Baluquistão, que foram rendidos pelos atiradores, saíram ilesos.
O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, e o presidente do Paquistão, Mamnoon Hussain, condenaram o massacre e ordenaram a abertura imediata de uma investigação sobre o crime.
O chefe do governo da província do Baluquistão, Abdul Malik Baloch, convocou uma reunião de emergência e anunciou compensações para as famílias das vítimas -as famílias dos falecidos devem receber 1 milhão de rúpias (cerca de 10.000 dólares) cada.
Turbat está entre as regiões da província do Baluquistão, local com maior presença de grupos insurgentes e grande ocorrência de ataques contra civis.
Em outubro do ano passado, foram encontrados os corpos de oito trabalhadores mortos a tiros depois de um grupo de funcionários de uma fazenda ter sido sequestrado por homens armados.
A província do Baluquistão, que faz fronteira com o Afeganistão e o Irã, é a mais extensa e menos povoada do Paquistão, sendo palco habitual de atentados de grupos separatistas, milícias islamitas e redes criminosas que atuam em todo o país.
Essas organizações realizam ataques contra instituições públicas, forças de segurança e pontos de interesse econômico, além de assassinatos seletivos de trabalhadores de etnias distintas à balúchi, consideradas como "invasoras".
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2015, 11:53:02 Editado em 27.04.2020, 20:01:01
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