SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo da Arábia Saudita confirmou na noite desta quarta (25) a invasão militar do vizinho Iêmen, em resposta ao avanço da milícia xiita houthi, que já domina a região noroeste do país e agora ameaça tomar o controle de Áden, ao sul.
O objetivo da intervenção é frear os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã.
Também nesta quarta, o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansur Hadi, abandonou o complexo que ocupava em Áden, a segunda maior cidade do país. Seu paradeiro ainda é desconhecido.
Segundo a agência Associated Press, que cita funcionários do porto de Áden, Hadi e seus assessores teriam deixado o Iêmen, em duas embarcações, na tarde desta quarta-feira (25). Os funcionários não especificaram qual seria o destino do grupo.
Membros do gabinete de Hadi e o chanceler do país, Riad Yassin, no entanto, negaram a informação de que ele tenha saído do país.
Hadi chegou ao poder em 2012, após a queda do ditador Ali Abdullah Saleh, que ficou 33 anos no cargo.
Saleh, o quarto ditador derrubado pela Primavera Árabe, teve sua saída confirmada após acordo assinado com mediação do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) -no qual a principal força é a Arábia Saudita- e o apoio dos Estados Unidos.
Pelo acordo, Saleh recebeu imunidade e passou o poder ao seu vice, Hadi. Forças leais ao ex-ditador estariam dando apoio militar aos houthis.
O atual presidente já havia fugido, em fevereiro, da capital, Sanaa, ocupada pelos houthis, após renunciar e ficar um mês em prisão domiciliar. Ele fez de Áden uma segunda capital ao recuar do pedido de renúncia.
Nesta quarta, a milícia houthi teria tomado o aeroporto de Áden e capturado o ministro da Defesa, general Mahmoud Al-Subaihi, durante confrontos em Lahij (sul). Eles também invadiram a base aérea de Al-Annad, usada pelas tropas americanas que deixaram o país no fim de semana.
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.03.2015, 21:13:55 Editado em 27.04.2020, 20:01:33
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