BRUNA FANTTI
RIO DE JANEIRO, RJ - Cerca de 300 pessoas da comunidade da Vila dos Pinheiros, no complexo da Maré, fecharam o trânsito nos dois sentidos da Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio, por volta das 19h desta segunda-feira (23) numa manifestação.
O protesto ocorre na altura da entrada para a Ilha do Fundão, onde fica o campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os manifestantes protestam contra ações militares da força de pacificação do Exército que ocupa o conjunto de favelas.
Após a interdição, policiais militares do Batalhão de Choque foram chamados para retirar os manifestantes da via.
Os participantes do protesto então correram para o interior da comunidade, de onde lançaram fogos de artifício contra os policiais.
Após cerca de uma hora a Linha Amarela foi liberada, mediante o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de balas de borracha.
Alguns supostos traficantes revidaram com tiros de fuzil, e motoristas voltaram na contramão.
A liberação não durou nem 20 minutos. Por volta das 21h20 a via foi novamente interditada nos dois sentidos.
Os manifestantes voltaram a soltar fogos de artifício. O clima é tenso no local e a PM continua utilizando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.
A Linha Amarela corta as favelas do Timbau e Vila dos Pinheiros, ambas no complexo da Maré.
Trabalhadores que voltam para casa estão assustados e esperam uma oportunidade para atravessar a passarela que liga as duas comunidades.
Segundo a Lamsa (Linha Amarela S/A), concessionária que administra a via, o engarrafamento causado pelo ato chega até a praça do pedágio.
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2015, 22:45:26 Editado em 27.04.2020, 20:02:37
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