Os postos de combustíveis de alguns municípios do sudoeste e do oeste do Paraná já estão sentido os reflexos do protesto dos caminhoneiros, que fazem bloqueios em várias rodovias do estado desde o dia 13 de fevereiro.
Em Francisco Beltrão, temendo o desabastecimento muitos motoristas decidiram encher o tanque, o que fez reduzir os estoques mais rápido. A região é a que mais concentra trechos interditados no estado.
Na manhã desta segunda-feira (23), nove postos estavam sem combustíveis na cidade. No restante, o estoque deve terminar até o início da tarde, estimam os proprietários.
No caso de desabastecimento total, a alternativa, aponta o auxiliar administrativo Gustavo Oliveira, será cruzar a fronteira e abastecer em Bernardo de Irigoyen, na Argentina, a cerca de 80 km.
Nos municípios vizinhos, como Dois Vizinhos, e em Pato Branco, na mesma região, motoristas formaram longas filas para abastecer.
O primeiro a acabar foi o etanol, ainda na noite de domingo (22), sobrando apenas gasolina aditivada. O problema não se restringe aos postos. A distribuidora que fica em Renascença, por exemplo, está sem os produtos desde sexta-feira (20).
"Estou com cerca de 30 caminhões, alguns cheios e outros vazios, parados nos bloqueios. Além de não conseguir fazer chegar o combustível aqui, não consigo vender. E, sem tirar o combustível das bases que ficam próximas à refinaria em Araucária ainda vou ter que pagar multa por não usar a cota do mês", comentou o proprietário, Idiomar Zanella.
Ele calcula que a sanção chegue a R$ 400 mil somente em relação a fevereiro. "Em março começa a contar outra cota e mais prejuízo."
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