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Fim da espionagem dos EUA depende da vontade de Obama, diz Snowden

NOVA YORK, EUA - Não seria preciso uma lei para acabar com a vigilância em massa nos Estados Unidos, e, sim, vontade do presidente Barack Obama.  Essa é a opinião de Edward Snowden, o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em ingl

Da Redação

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Publicado em 13.02.2015, 12:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:56
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NOVA YORK, EUA - Não seria preciso uma lei para acabar com a vigilância em massa nos Estados Unidos, e, sim, vontade do presidente Barack Obama. 

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Essa é a opinião de Edward Snowden, o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) responsável por revelar, em 2013, a extensão do programa global de espionagem do governo americano. 

Exilado na Rússia, Snowden participou nesta quinta-feira (12), via videoconferência, de debate realizado pelo jornal "The New York Times" sobre o documentário "Citizenfour" que narra a trajetória do escândalo. 

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Em Nova York, estavam presentes a diretora do filme, Laura Poitras, e o jornalista Glenn Greenwald, o primeiro a publicar as informações vazadas por Snowden e que também está no documentário. 

"O presidente tem poder, porque as agências de inteligência são executivas, elas não funcionam baseadas em uma lei. Ele poderia acabar com a vigilância em massa assinando um papel", disse Snowden. 

"Todos ficam dizendo que estão esperando a aprovação de uma lei para acabar com isso, mas não precisamos de uma lei. E, se o presidente não está disposto a defender nossos direitos, que tipo de mensagem ele está nos mandando?" 

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Após as revelações, Obama prometeu uma ampla reforma no programa de espionagem norte-americano. Mas, dezoito meses depois, pouco mudou. 

No início deste mês, o governo anunciou que deletará informações telefônicas e digitais de estrangeiros e americanos que não servirem aos propósitos de inteligência. A ampla coleta de dados privados, porém, continua. 

Mesmo com as críticas a Obama, Snowden admitiu que a dinâmica da comunidade de inteligência nos EUA é complexa e nem sempre leva o presidente em consideração. 

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"Em geral, as pessoas que fazem carreira nesse setor, realmente não ligam para o presidente. Eles pensam: 'Quem é esse cara? Daqui a oito anos, ele está fora. E nós estamos aqui para ficar 30", disse. 

"Você pode ter um presidente realmente disposto a fazer reformas e a conduzir o país com base nos valores e não em suas capacidades. E eles [os agentes da inteligência] vão simplesmente esperar ele sair do governo." 

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ASILO 

O ex-funcionário da NSA contou ainda que tem trabalhado mais em Moscou, onde recebeu asilo político, do em qualquer momento de sua carreira na agência americana. 

"Eu acho que todos os envolvidos neste caso pagaram um preço. Eu não posso viver com a minha família, não posso voltar para casa. Mas é muito satisfatório ser parte de algo maior que você. E há uma sensação enorme de paz ao fazer o que você acha que é certo", disse. 

Na primeira reunião pública dos três desde um encontro clandestino em um hotel em Hong Kong, em 2013, Greenwald afirmou que ainda levará tempo para que as revelações de Snowden terminem. 

"O que o Edward nos forneceu é um olhar complexo e abrangente de como os EUA e seus aliados conduzem seus assuntos no mundo e as coisas que fazem e são escondidas do público", disse. 

"E acho que ainda vai levar um bom tempo para que mesmo as grandes histórias sejam totalmente reportadas. Ainda há muito a ser feito."

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