VENCESLAU BORLINA FILHO
CAMPINAS, SP - Na tentativa de levar mais água para o sistema Cantareira, a captação por indústrias, empresas de saneamento e agricultores (para irrigação) nos rios de Minas Gerais responsáveis por abastecer os reservatórios também sofrerá restrição.
A medida será praticamente a mesma adotada no mês passado para os rios Jaguari, Atibaia e Camanducaia, nas bacias dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), no Estado de São Paulo. A norma restringe a captação para 20% (empresas de abastecimento público) e 30% (indústria e irrigação) toda vez que a vazão dos rios caírem.
Ainda nesta semana, a ANA (Agência Nacional de Águas) e o Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas), ligado à Semad (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) de Minas Gerais, devem publicar uma resolução conjunta para estabelecer as regras de restrição.
Segundo o Consórcio PCJ, entre os rios atingidos devem estar o Camanducaia, o Jaguari, o Jacareí, o Cachoeirinha e o Atibainha. A medida será nos trechos dos rios das cidades mineiras de Extrema, Camanducaia, Toledo, Sapucaí-Mirim e Itapeva.
O sistema Cantareira, operado pela Sabesp, abastece cerca de 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Parte da água dos reservatórios é destinada a rios das bacias PCJ, que atendem uma área da região metropolitana de Campinas, que tem 2,9 milhões de habitantes.
A direção da ANA informou, por meio de assessoria, que a resolução deve sair nesta semana após assinaturas de representantes do governo mineiro.
O Igam não respondeu aos questionamentos da reportagem até as 20h desta segunda-feira (2).
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2015, 20:38:34 Editado em 27.04.2020, 20:03:21
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Rios que "servem" o sistema Cantareira também podem ter captação reduzida"