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Milhares se manifestam no Iêmen contra milícias xiitas

SÃO PAULO, SP - Milhares de cidadãos do Iêmen saíram às ruas da capital Sanaa e de outras cidades neste sábado (24) para protestar contra o movimento rebelde xiita dos houthis, que provocou a renúncia do presidente e do governo do país na última quinta-fe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.01.2015, 12:11:35 Editado em 27.04.2020, 20:03:40
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SÃO PAULO, SP - Milhares de cidadãos do Iêmen saíram às ruas da capital Sanaa e de outras cidades neste sábado (24) para protestar contra o movimento rebelde xiita dos houthis, que provocou a renúncia do presidente e do governo do país na última quinta-feira (22).
Em Sanaa, milhares de pessoas se concentraram em uma praça e entoaram palavras de ordem como "Iemenitas, despertem" e "Não à milícia houthi".
Os manifestantes, que se dirigem à residência do presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, queimaram fotografias do líder do movimento rebelde, Abdul Malik al Houthi.
Vários partidários do grupo xiita invadiram a manifestação e repreenderam os presentes, alguns armados com cassetetes e punhais, segundo disseram algumas testemunhas.
Estas fontes acrescentaram que um dos manifestantes teve que ser levado a um hospital após ter sido apunhalado por um seguidor dos rebeldes.
Além da capital, também foram registrados protestos contra os houthis nas cidades de Damar (centro), Eb e Taiz (sudoeste).
Além disso, está previsto que outra manifestação similar ocorra mais tarde na cidade de Hodeidah (oeste), onde se encontra o segundo maior porto do país, no Mar Vermelho.
Mansour Hadi e o primeiro-ministro, Khaled Rahah, apresentaram sua renúncia na quinta-feira após se acharem incapazes de reconduzir a situação de crise à qual chegou o Iêmen devido à rebelião do movimento houthi.
Está prevista para este domingo (25) uma reunião no parlamento, onde os deputados deverão decidir se aceitam ou não a renúncia do presidente.
Os houthis e o presidente tinham acordado na quarta-feira (21) um cessar-fogo e alcançaram um pacto pelo qual ambas as partes cediam em suas condições, com o objetivo de pôr fim à crise.
Segundo esse acordo, os rebeldes xiitas deviam ter abandonado o palácio presidencial que tinham ocupado e se comprometiam a se retirar dos arredores da residência do até agora chefe de Estado.
Por sua vez, as autoridades conseguiram modificar certos aspectos da Constituição e outorgar aos rebeldes 50% de participação nos postos de liderança do Estado.
Mas nenhuma das partes cumpriu com o estipulado e ambas mantêm em expectativa um país que, além disso, se vê sacudido pelos ataques e os sequestros dos terroristas da Al Qaeda.
Separatistas tomam delegacias no sul
Além do caos reinante em Sanaa, separatistas armados tomaram neste sábado todas as delegacias de polícia da cidade de Ataq, no sul do Iêmen, um novo golpe para as autoridades do país já desestabilizadas pelos milicianos xiitas.
Combatentes do Movimento Sudista, que lutam pela independência do sul do Iêmen, tomaram seis postos de controle em Ataq, capital da província de Shabwa, sem encontrar resistência da polícia, segundo testemunhas.
Eles pediram aos policiais que entregassem suas armas e voltassem para sua base, disseram as fontes, que acrescentaram que os homens armados içaram as bandeiras do antigo Estado do Iêmen do Sul.
Quatro províncias no sul do Iêmen rejeitam desde quinta-feira todas as ordens da capital e decidiu obedecer apenas os homens leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, que renunciou.
Hadi disse em sua carta de demissão que não poderia permanecer no poder em razão do "total impasse" no país.
Homens armados dos "comitês populares", formados por membros de tribos que combateram no passado a Al Qaeda no sul do país, foram implantados em diversas áreas do sul.
Seu líder, Hussein al-Wahichi, informou que 3.000 de seus homens estavam estacionados em Aden, incluindo no porto e no aeroporto da segunda cidade do país.
"Nós estabelecemos postos de controle para proteger a cidade contra ataques dos houthis ou da Al Qaeda", disse ele.

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