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Nível do Cantareira é o único a cair entre reservatórios que abastecem SP

SÃO PAULO, SP - O Cantareira foi o único sistema entre os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo a reduzir a sua capacidade. De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em rel

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.01.2015, 10:28:52 Editado em 27.04.2020, 20:03:40
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SÃO PAULO, SP - O Cantareira foi o único sistema entre os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo a reduzir a sua capacidade.
De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 5,2% de sua capacidade neste sábado (24).
O sistema, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, está em queda consecutiva desde o dia 11 janeiro, quando operava com 6,6% de sua capacidade -que já inclui a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).
Com a chuva desta sexta, o sistema acumulou 25,9 mm de água, mas não foi suficiente para elevar o nível. Até agora, o manancial já acumula 90,8 mm de água -o que equivale a 33,5% da média histórica para janeiro (271,1 mm)
Um dos motivos é o "efeito esponja" que deve retardar a recuperação do reservatório. Com as represas esvaziadas, parte do solo argiloso que antes ficava submersa está agora exposta e seca. Na prática, as chuvas precisam encharcá-lo antes que ele consiga armazenar a água.
"O solo exposto dos reservatórios está muito ressecado, muito trincado. Vai demorar pelo menos um mês com chuvas constantes para que essa represa comece a encher novamente", afirma Pedro Cortês, professor de Gestão Ambiental da USP.
O Cantareira registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas estão elevadas, um incentivo para maior consumo.
Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress
MEDIDAS
O governo federal traçou cenários sobre a crise hídrica em São Paulo nesta sexta-feira (23) no Planalto. Caso a previsão de chuvas não se confirme e não haja medidas mais drásticas do Estado, há possibilidade de as represas secarem dentro de quatro a cinco meses. Em outro cenário, menos pessimista, o governo projetou a possibilidade de um colapso nos reservatórios em setembro.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já discute novo aumento na tarifa de água a partir de abril, quatro meses após o último reajuste. Outra hipótese estudada é o endurecimento da cobrança de sobretaxa para quem gastar mais água. Além disso, o governo paulista já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira.
Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias. "Isso aqui é um horror, só piorou nos últimos anos", diz a empresária Cornélia Juchem, de Diadema. A Sabesp diz ser possível transformar a água em potável, mas não detalha o que fará.
ALTO TIETÊ
Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, subiu e opera com 10,4% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo.
No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
DEMAIS SISTEMAS
A chuva também beneficiou a represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista. O sistema opera com 39,4% de sua capacidade após o nível subir 0,9 ponto percentual em relação ao índice anterior.
O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, subiu 0,1 ponto percentual e opera neste sábado com 28,6% de sua capacidade. Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 71,7% de sua capacidade após subir 0,8 ponto percentual em relação ao índice anterior.
O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, permaneceu estável em relação ao dia anterior e opera com 30,6% de sua capacidade. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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