CAMPINAS, SP - Diante da seca, a União e o Estado de São Paulo decidiram reduzir novamente a liberação de água do sistema Cantareira para a Grande São Paulo e a região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
Segundo comunicado da ANA (Agência Nacional de Águas) e do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) desta terça-feira (20), a vazão máxima para o mês de janeiro será de 22,9 milhões de m³. Em dezembro de 2014, o limite era de 30 milhões de m³.
Na prática, a medida representa mais dificuldade de abastecimento público e um desequilíbrio do nível de rios como o Piracicaba, Capivari e Jundiaí, responsáveis pelo abastecimento de municípios da região de Campinas.
Isso porque a água tem de ser suficiente para o abastecimento das duas regiões. Só para se ter uma ideia, a vazão para as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, onde está a região de Campinas, caiu de 3 m³/s para 2,5 m³/s neste mês -o restante será captado para a região metropolitana de São Paulo.
De acordo com os órgãos, a situação só se altera se chover o suficiente.
ABASTECIMENTO
Com a medida, a assessoria da Sanasa (empresa de água e esgoto de Campinas) informou que vai solicitar novamente à ANA e ao Daee a liberação de mais 2 m³/s para o rio Atibaia, a principal fonte de abastecimento público da cidade.
Atualmente, de acordo com a assessoria, a captação da Sanasa é de 4,5 m³/s. O mínimo para levar água até a casa dos consumidores é 3,1 m³/s. Os 2 m³/s extras garantiriam uma qualidade melhor da água fornecida.
As reduções na liberação de água do sistema Cantareira acontecem desde o ano passado, de acordo com o volume disponível, como forma de os governos garantirem água para as duas regiões.
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