SÃO PAULO, SP - Ao menos três pessoas ficaram feridas durante confronto entre a polícia e manifestantes que protestavam contra a nova capa do "Charlie Hebdo" em Karachi, cidade mais populosa do Paquistão. As informações são da imprensa local.
O confronto se deu quando os participantes do protesto foram impedidos de chegar ao consulado da França na cidade. A polícia chegou a efetuar disparos para o alto, segundo o jornal paquistanês "Dawn".
Um dos feridos seria um fotógrafo da agência de notícias francesa AFP.
"O fotógrafo Asif Hasan, da AFP, foi ferido por tiros disparados por manifestantes. A polícia não atirou", disse Abdul Khallique Shaikh, policial da cidade.
A marcha fazia parte dos atos organizados em várias cidades do país por mais de vinte organizações aglutinadas num grupo denominado Tehreek Hurmat-i-Rasool.
Um porta-voz das organizações havia pedido a unidade do mundo islâmico contra o que qualificou como "blasfêmia" contra os muçulmanos.
O primeiro-ministro do país, Nawaz Sharif, e o Parlamento paquistanês condenaram na quinta (15) a publicação das caricaturas.
O Paquistão é uma república islâmica e conta com a segunda maior população muçulmana do mundo, atrás apenas da Indonésia. Cerca de 97% de seus 180 milhões de habitantes seguem a religião.
O "Charlie Hebdo", em seu primeiro número após o atentado que deixou 12 mortos em sua sede, publicou uma caricatura de Maomé chorando e segurando um cartaz com o lema solidário "je suis Charlie" (eu sou Charlie), que foi usado em apoio ao semanário após os ataques, sob o título de "tudo está perdoado".
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