SÃO PAULO, SP - O primeiro ministro francês, Manuel Valls, afirmou nesta terça-feira (13) que a França deve adotar medidas "excepcionais" para conter o terrorismo, mas que nunca devem ser tomadas medidas "de exceção" que ponham em risco o Estado de Direito.
"A uma situação de exceção devem responder medidas excepcionais. Mas afirmo com a mesmo força que nunca devem ser adotadas medidas de exceção que revoguem o princípio do Direito e dos valores", disse o premiê em pronunciamento oficial diante de deputados na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento da França.
Valls afirmou também que, à ameaça de terrorismo, "a República oferece e oferecerá respostas em solo nacional. Também as oferecerá onde quer que grupos terroristas se organizem para nos ameaçar".
O premiê reforçou ainda que "a França está em guerra contra o terrorismo, o jihadismo e o islamismo radical, não contra uma religião. A França não está em guerra contra os muçulmanos e o Islã".
Valls disse que a França adotará novas medidas contra o terrorismo, como atualizar a lista de pessoas suspeitas e de membros de grupos de combate.
O país deve também aplicar um programa piloto em prisões com o intuito de isolar detentos radicais.
Além disso, há um projeto de lei para reforçar os serviços antiterrorismo e a vigilância na internet e nas redes sociais, utilizadas para a comunicação entre extremistas.
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