SÃO PAULO, SP - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (13) que a administração estadual irá rediscutir com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a possibilidade do órgão federal fazer a fiscalização das empresas concessionárias.
O tucano ressaltou que o governo estadual tem poder limitado de atuação, uma vez cabe à agência reguladora federal cassar uma concessão de energia ou substituir uma concessionária.
"Nós vamos rediscutir essa delegação com a Aneel. Nós entendemos que deve a própria Aneel, que é a agência reguladora, fazer também a fiscalização", defendeu.
O governador reconheceu que a capital paulista tem enfrentado problemas de quedas de energia elétrica no início deste ano. Segundo ele, a Fundação Procon e a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia) já foram acionadas.
"Nós temos tido problema de energia elétrica, queda de rede", disse. "Há fiscalizações da Arsesp e do Procon. Vamos aguardar que eles vão estabelecer as multas pelo descumprimento de contrato", acrescentou.
O tucano lembrou que as chuvas e ventos fortes são recorrentes nesta época do ano, mas defendeu um maior planejamento por parte das empresas responsáveis para restabelecer a energia elétrica mais rapidamente.
ELOGIOS E CRÍTICAS
O governador entregou nesta terça um posto de atendimento ao trabalhador na estação Brás do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na região central da capital paulista.
Na maior parte da visita, recebeu elogios e tirou fotos com usuários do transporte sobre trilhos. Em dois momentos, no entanto, foi alvo de protestos.
Pouco antes do governador conceder entrevista à imprensa, o arquiteto Marcio Coelho reclamou da crise de desabastecimento de água na Grande São Paulo.
"O governo de São Paulo tem total responsabilidade pela crise. Houve falta de planejamento", criticou, enquanto levantava uma folha de papel com a pergunta: "Cadê a água?".
No final da visita, um homem chamou o governador de "fascista" e protestou contra o aumento da passagem de metrô e de ônibus. A tarifa passou de R$ 3,00 para R$ 3,50.
"Governador, R$ 3,50 não dá", gritou.
O governador não respondeu às críticas.
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