MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Morre em Nova York líbio suspeito de comandar ataques a embaixadas

SÃO PAULO, SP - O líbio Abu Anas al Libi, membro da Al Qaeda suspeito de ser o responsável por atentados a embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, e em Nairóbi, no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, morreu em Nova York, informaram seus familiar

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.01.2015, 14:36:26 Editado em 27.04.2020, 20:04:24
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP - O líbio Abu Anas al Libi, membro da Al Qaeda suspeito de ser o responsável por atentados a embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, e em Nairóbi, no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, morreu em Nova York, informaram seus familiares neste sábado (3).
Al Libi, 50, morreu nesta sexta-feira (2) em um hospital nova-iorquino, para onde foi transferido da prisão devido a problemas de saúde.
A morte de Abu Anas al Libi, cujo nome real é Nazih Abdul-Hamed al-Ruqai, ocorreu dias antes do início de seu julgamento em um tribunal de Nova York, afirmou seu filho, Abdel Mouin, à rede de televisão CNN.
O suspeito, que em 2013 se declarou "inocente" de três acusações -conspiração para matar cidadãos americanos, assassinato e destruição de propriedades do governo e de instalações de defesa nacional- relacionadas aos atentados de 1998, sofria de uma grave hepatite C e tinha desenvolvido câncer de fígado desde que foi capturado em outubro de 2013 em sua casa de Trípoli, na Líbia, segundo explicou Mouin à CNN.
A família de al Libi considera que o governo dos EUA é "completamente responsável" por sua morte, assegurou Mouin.
O promotor federal americano Preet Bharara indicou em uma carta ao tribunal que al Libi foi levado, na quarta-feira (31), da prisão a um hospital de Nova York, por causa de "repentinas complicações derivadas de seus duráveis problemas médicos".
Segundo Bharara, a partir de então sua saúde se "deteriorou rapidamente" até sua morte na sexta-feira e ele esteve acompanhado por um imã no hospital.
Antes de ser capturado, al Libi figurava na lista dos mais procurados nos Estados Unidos desde o ano 2000 e o FBI oferecia US$ 5 milhões por informações que levassem a sua localização.
Os EUA o acusavam de ter tirado as fotografias da embaixada em Nairóbi que foram depois usadas para decidir onde deviam ser colocados os veículos carregados de explosivos nos atentados perpetrados em 7 de agosto de 1998 pela rede terrorista Al Qaeda contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia.
O advogado de al Libi, Bernard Kleinman, disse ao jornal "Washington Post" que seu cliente era inocente e tinha cortado seus laços com a Al Qaeda antes dos ataques de 1998, nos quais morreram 229 pessoas.
Um juiz federal de Manhattan tinha programado para o dia 12 de janeiro a seleção do júri para o julgamento de al Libi e tinha negado a processá-lo separadamente dos outros dois acusados no caso dos atentados de 1998, apesar de seus problemas de saúde.
Os outros dois acusados, ambos extraditados desde o Reino Unido em 2012, são o saudita Khalid Al Fawaz e o egípcio Adel Abdel Bary, que se declarou culpado de acusações de terrorismo e enfrenta 25 anos em prisão.
Abu Anas al Libi nasceu em Trípoli e se juntou à rede de Osama Bin Laden no início dos anos 90, no Sudão. Mais tarde, ele se mudou para o Reino Unido, onde recebeu asilo político como dissidente líbio.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Morre em Nova York líbio suspeito de comandar ataques a embaixadas"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!