O Paraná foi o terceiro estado que mais sofreu ataques a bancos no 1º semestre de 2011 com 56 ocorrências, atrás apenas de São Paulo e Bahia, revela a 1ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos. Segundo o estudo, foram 32 arrombamentos e 24 assaltos. Dos 56 ataques, 25 foram em Curitiba e 8 na Região Metropolitana (4 em São José dos Pinhais, 1 em Campina Grande do Sul, 2 em Colombo e um 1 em Bocaiúva do Sul). Das 25 ocorrências em Curitiba, 13 foram assaltos. Na região metropolitana houve 1 assalto e os demais foram arrombamentos.
O número de ataques no primeiro semestre é muito maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, conforme levantamento feito pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região. Em 2010 foram apurados 29 ataques (27 arrombamentos e 2 assaltos). O índice do primeiro semestre no estado foi ainda maior do que o ocorrido no ano inteiro de 2010, no qual foram encontradas 52 ocorrências.
Ainda segundo o estudo, no Brasil aconteceram 838 ataques, uma média de 4,63 ocorrências por dia. Desses casos, 301 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo o uso de dinamites e maçaricos). O estudo foi elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
São Paulo, o estado líder do rabking, teve 283 casos. Em segundo lugar está a Bahia com 61, e em terceiro o Paraná, com 56. Em quarto, a Paraíba com 54, e em quinto o Mato Grosso, com 48. O estado com o menor número de ataques é Roraima, com 2. Já Amazonas foi o único estado que não apresentou nenhum registro.
Os números foram apurados com base em notícias publicadas pela imprensa, consulta aos dados disponibilizados por algumas secretarias estaduais de segurança pública e informações de sindicatos e federações de bancários e vigilantes de todo país.
O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) e do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. O número de casos pode ser ainda maior devido à dificuldade de encontrar informações em alguns estados e pelo fato de nem todas as ocorrências serem divulgadas pela imprensa.
“A realização dessa pesquisa é resultado de um grande esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários com o objetivo de apresentar um diagnóstico da violência no sistema financeiro e contribuir para o debate com os bancos, as empresas de segurança e a sociedade”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
“Trata-se de mais um retrato assustador da insegurança nos bancos, que deve servir como elemento de suma importância para a construção de medidas preventivas que visem a proteção da vida de trabalhadores e clientes e a redução imediata das ocorrências”, aponta o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
Ainda no primeiro semestre desse ano, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT, 20 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, média de mais de três mortes por mês, sendo 11 em crimes de “saidinha de banco”. A maioria dos assassinatos aconteceu no Estado de São Paulo, com 12 casos. Os demais crimes ocorreram no Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (1), Bahia (1), Minas Gerais (1), Pará (1) e Piauí (1). Os números foram contabilizados a partir de notícias da imprensa. A pesquisa também aponta crescimento de 81% das mortes em relação a 2010, quando foram contabilizados 11 óbitos no período. Em todo ano passado foram apuradas 23 mortes, quase o total de ocorrências verificadas somente nos primeiros seis meses deste ano.
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