As recentes revoluções do mundo árabe, no norte da África, expulsam milhares de imigrantes que se veem obrigados a arriscar a vida duas vezes. A primeira é dentro do próprio país, em guerra, e a segunda é ao dividir barcos precários e lotados, cujo destino maior é a ilha italiana de Lampedusa.
Quem acompanha a saga desses fugitivos, como a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), denuncia que é cada vez pior o estado do imigrante que tem a sorte de chegar ao território europeu com vida.
Desde o fim do ano passado, vieram cerca de 27 mil refugiados norte-africanos em busca de abrigo na Itália, de acordo MSF, provenientes da Líbia e Tunísia, mas de diferentes origens da África saheliana (região ao sul do deserto Saara). Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), só da Líbia, que enfrenta uma guerra civil desde fevereiro, cerca de 14 mil atracaram em Malta e na Itália.
Despreparada para receber tanta gente, a ilha italiana se viu à beira de uma crise humanitária. Em entrevista ao R7, o diretor geral do MSF na Itália, Kostas Moschochoritis, disse que o volume de chegadas já diminuiu, porém o estado físico e mental dos refugiados está mais degradante.
- A situação em que esses imigrantes chegam à Lampedusa está piorando. As condições nesses países estão muito duras, e não são melhores durante a viagem até a ilha. Barcos têm naufragado, as pessoas passam fome, sede e vêm abarrotadas.
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