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Comunidade ucraniana comemora 120 anos de imigração para o Brasil

É em uma iniciativa do Império Brasileiro que começa a história dos 120 anos da imigração ucraniana no Brasil. Com a libertação dos escravos em 1888, o país precisa substituir a mão-de-obra e para isso incentiva a imigração européia e japonesa. No Pa

Da Redação

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 Comunidade ucraniana comemora 120 anos de imigração para o Brasil
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Comunidade ucraniana comemora 120 anos de imigração para o Brasil
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.05.2011, 10:44:00 Editado em 27.04.2020, 20:47:09
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É em uma iniciativa do Império Brasileiro que começa a história dos 120 anos da imigração ucraniana no Brasil. Com a libertação dos escravos em 1888, o país precisa substituir a mão-de-obra e para isso incentiva a imigração européia e japonesa.

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No Paraná está a maior concentração de descendentes de ucranianos do país. Dos quase 500 mil espalhados, cerca 400 mil residem no estado. Apenas em Curitiba, são 55 mil e o maior percentual está em Prudentópolis, onde 75% da população são descendetes de ucranianos. Os números são da Representação Central Ucraniano-Brasileira no Paraná.
Neste ano, haverá eventos em todo o país para celebrar os 120 anos da imigração ucraniana, inclusive, a visita do presidente da Ucrânia, Vicktor Yanukovich. O presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira no Paraná , Vitório Sorotiuk, afirmou que Yanukovich virá ao Paraná em outubro, que foi o mês em que os primeiros imigrantes chegaram no estado. "As primeiras famílias chegaram no Brasil em 23 de agosto de 1891, ficaram 45 dias no Rio de Janeiro e em outubro chegaram no Paraná", explicou Sorotiuk.

Muitas das tradições polonesas estão atreladas aos paranaenses. "A pêssanka é um artesanato típico parananesnse, já se tornou uma característica", destacou o presidente da Central Ucraniano-Brasileira. A pêssanka é um ovo pintado a mão com símbolos milenares que significam sorte e longevidade para quem o ganha. A tradição é passada de geração para geração.

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"Os jovens se interessam em apreender", contou Tetiana Dathtzen de 74 anos que é filha de ucraniana e que já deu oficinas de pênssankas. "Hoje a idade e a visão já não ajudam muito", lamentou Tetiana. Ela explica que os símbolos pintados são sempre os mesmos, porque têm significados milenares, mas que cada artista pode colocar as próprias características e criatividade na pintura.

Para Tetiana, a pêssanka é uma terapia. Ela diz que quando pinta esquece de tudo. "Se todos pintasse teriam menos problemas psicológicos", declarou. Além do ovo, que normalmente é de galinha, para fazer uma pênssanka é preciso vela, cera de abelha, bico de pena fino e uma tinta especial que fixa na casca do ovo. Para quem já tem prática, são em média seis horas de pintura.

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A culinária ucraniana também é conhecida e disseminada pelo Paraná e pelo Brasil. O pierogi, que também é típico da culinária polonesa, é chamado pelos ucraniano de peroghê.

Há ainda a borsth, que é uma uma sopa de beterraba e a linguiça cracóbia - que de acordo com Votório Sorotiuk, foi inventada pelos ucranianos em homenagem aos poloneses.

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Na literatura brasileira também existe participação ucraniana. São os poemas de Helena Kolody, poeta paranaense conhecida nacionalmente e filha de imigrantes ucranianos.

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Outra maneira de perpetuar a cultura ucraniana entre os descendentes, são os grupos folclóricos. Dos 24 existentes no Brasil, 18 estão em Curitiba. Como os 120 anos da imigração serão marcados por diferentes eventos, em todo o Brasil, em 15 de novembro, em Cascavel, no Oeste do Estado, haverá um encontro dos 24 grupos folclóricos. " A grupo local abre e fecha o espetáculo", explicou Sorotiuk. Neste domingo (22), o grupo Poltava, de Curitiba, fará apresentação em uma feira de artesanato mundial na capital paranaense.


A imigração
Tanto o contexto nacional, quanto o internacional favoreceram a imigração. No Brasil, com o fim da escravatura, havia a necessidade de se substituir a mão-de-obra. "Com conceito racista, a elite e os intelectuais da época acreditavam que com o 'embranquecimento' da população viria o desenvolvimento", explicou a doutora em História do Brasil e professora da Unibrasil, Nádia Maria Guariza.


Por outro lado, na Europa os países sofriam os efeitos da Segunda Revolução Industrial como o êxodo dos camponeses para a cidade e também o aumento da populção. A historiadora afirmou que alguns países tinham o interesse de dissipar uma parcela da população considerada excedente.


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