NOVA YORK/PARIS (Reuters) - Uma camareira de hotel que diz que o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, tentou estuprá-la deve depor perante um júri de Nova York na quarta-feira, com o presidenciável francês enfrentando uma crescente pressão para renunciar.
Um advogado da viúva africana de 32 anos rejeitou a sugestão da defesa de Strauss-Kahn de que o incidente no luxuoso Times Square Sofitel no último sábado não poderia ter sido uma agressão sexual.
"Não houve nada de consensual no que aconteceu naquele quarto de hotel", disse o advogado Jeffrey Shapiro, no programa da NBC "Today", acrescentando que acreditava que ela iria testemunhar "em algum momento hoje".
A prisão arrasou as perspectivas de Strauss-Kahn para disputar a Presidência francesa e levantou questões mais amplas sobre o futuro do Fundo Monetário Internacional. Os países em desenvolvimento, que pretendem indicar um sucessor, questionaram que a Europa permaneça no posto.
Os Estados Unidos, maior participante do FMI, disseram que Strauss-Kahn era claramente incapaz de continuar a administrar a instituição de uma cela de prisão, independentemente do resultado jurídico.
"Não posso comentar sobre o caso, mas ele obviamente não está em condições de comandar o FMI", afirmou o secretário de Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, na terça-feira, pedindo que um chefe interino seja nomeado.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que a Europa naturalmente indicaria um candidato para substituí-lo, caso Strauss-Kahn decidisse deixar o posto.
A Alemanha, que prefere um europeu no cargo, disse que o FMI deveria achar um substituto imediato internamente e que era cedo demais para discutir um sucessor para Strauss-Kahn.
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