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Partido de Sarkozy pede que Strauss-Kahn deixe cargo

O presidente do partido governista francês, Jean-Francois Cope, juntou-se aos apelos internacionais para que Dominique Strauss-Kahn deixe a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de pesquisas de opinião na França terem mostrado que a ma

Da Redação

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 O presidente Nicolas SSarkozy aparece como o potencial beneficiário do incidente
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O presidente Nicolas SSarkozy aparece como o potencial beneficiário do incidente
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2011, 15:47:01 Editado em 27.04.2020, 20:47:17
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O presidente do partido governista francês, Jean-Francois Cope, juntou-se aos apelos internacionais para que Dominique Strauss-Kahn deixe a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de pesquisas de opinião na França terem mostrado que a maioria dos franceses acredita que sua prisão foi resultado de uma conspiração.


"Eu não vejo como ele pode cumprir seu mandato como diretor-gerente do FMI", afirmou Cope, líder da União por um Movimento Popular (UMP). "Então, por definição, o assunto deveria ser resolvido nos próximos dias."


O comunicado foi feito no momento em que políticos franceses tentam definir como reagir à prisão de Strauss-Kahn, que está numa cela do presídio de Rikers Island, em Nova York, sob a acusação de agressão sexual.


O presidente Nicolas Sarkozy aparece como o potencial beneficiário do incidente, já que Strauss-Kahn era visto como o candidato mais promissor do opositor Partido Socialista à eleição presidencial, marcada para o ano que vem. Até agora, porém, Sarkozy pediu aos aliados que evitem explorar a prisão de Strauss-Kahn.


Embora o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, tenha dito na noite de ontem que Strauss-Kahn "obviamente não está em posição de dirigir o FMI", o porta-voz do governo francês, François Baroin, declarou em coletiva de imprensa hoje que "o FMI está operacional".


Parte da cautela deve-se à descrença por parte de muitos franceses. Uma pesquisa realizada na segunda-feira e publicada hoje pela a empresa CSA mostrou que 57% dos entrevistados acham que Strauss-Kahn foi vítima de um complô e apenas 32% acham que não. O levantamento também mostrou que a perspectiva de reeleição de Sarkozy no ano que vem foi reforçada com a provável saída de Strauss-Kahn.


A mídia francesa vem cobrindo o fato sem parar desde domingo, mostrando imagens de Strauss-Kahn num tribunal de Manhattan, o que deu início a algumas reclamações na França, onde a mídia não pode transmitir imagens de pessoas algemadas a menos que tenham sido condenadas por um tribunal.


"Nada justifica que um homem seja jogado aos cães desta forma", escreveu Bernard-Henry Levy, escritor, filósofo e amigo de longa data de Strauss-Kahn, na revista Le Point.


Governos europeus esperam persuadir os Estados Unidos e as economia emergentes a escolherem outro europeu como dirigente do FMI uma última vez. A ministra de Finanças francesa, Christine Lagarde, é vista como a principal candidata. Baroin disse que o número dois do FMI, John Lipsky, vai representar o fundo na reunião dos líderes do G-8 (grupo das oito maiores economias do mundo) na semana que vem em Deauville, na França.


Eleição presidencial


Apesar dos problemas de Strauss-Kahn, a pesquisa mostrou que os socialistas ainda devem ficar na frente no primeiro turno da eleição presidencial. Se o primeiro turno ocorresse no próximo domingo e François Hollande fosse o candidato socialista, ele conquistaria 23% dos votos, ante 22% de Sarkozy, que ficaria em segundo. Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, de extrema direita, ficaria em terceiro, com 20%.


Se a secretária do partido socialista Martine Aubry fosse a candidata, ela ficaria com 23% dos votos, o mesmo porcentual que Sarkozy, e Le Pen estaria em terceiro, com 19%.


O Partido Socialista poderia não levar seu candidato para o segundo turno se fosse representado por Segolene Royal, demitida por Sarkozy cinco anos atrás. Ex-parceira de Hollande, Royal, saiu um pouco de cena e em 2008 não conseguiu se tornar secretária-geral do partido, perdendo o cargo para Martine Aubry.


Os candidatos às primárias devem divulgar suas aspirações até 13 de julho. A eleição interna do partido, em dois turnos, está marcada para outubro. Os eleitores franceses escolherão seu novo presidente em 6 de maio de 2012.


Ainda assim, a pesquisa mostrou uma melhora na aprovação de Sarkozy na comparação com os índices anteriores ao último final de semana.


Strauss-Kahn teve seu pedido de fiança negado na segunda-feira, depois que promotores de Manhattan o acusaram de sete crimes pelo suposto ataque a uma camareira em Nova York. As informações são da Dow Jones.

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