O Partido Liberal Democrata da Grã-Bretanha está colecionando perdas nas eleições locais enquanto os eleitores estão punindo a legenda por seu papel no governo de coalizão britânico, um movimento que provavelmente inflamará tensões em sua parceria com o Partido Conservador.
Com cerca de dois terços dos votos da eleição de ontem apurados, os resultados indicam que os liberais democratas tiveram sua pior atuação em 30 anos, com perda de 450 cadeiras pelo país. O Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, manteve largamente sua vantagem, com mais 64 assentos em conselhos na Inglaterra, sublinhando a polarização do país em relação ao programa agressivo do governo de aumento de impostos e corte de gastos. Partidários dos conservadores concordam com os cortes, enquanto os eleitores britânicos que não apoiam as medidas mostram seu descontentamento deixando de votar nos liberais democratas, preferindo o Partido Trabalhista e o Partido Nacional Escocês.
O Trabalhista conquistou mais de 500 cadeiras na Inglaterra, enquanto o Partido Nacional Escocês se tornou o primeiro partido a ganhar maioria no Parlamento Escocês desde que ele foi estabelecido em 1999. Ainda faltam algumas cadeiras a serem determinadas na Escócia.
Os liberais democratas ainda sofrem outro revés: é provável que o Reino Unido rejeite o referendo proposto por eles para mudar o sistema eleitoral. Os votos do referendo - componente chave do acordo que criou a coalizão de governo há um ano - devem ser computados no fim desta sexta-feira.
Separatistas
Após a vitória do Partido Nacional Escocês nas eleições parlamentares, seu líder Alex Salmond prometeu hoje realizar um referendo sobre a possível independência escocesa do Reino Unido. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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