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Soldado americano confessa ter matado 3 civis afegãos

O soldado norte-americano Jeremy Morlock, de 22 anos, se declarou culpado hoje no julgamento em que é acusado por uma corte marcial de ter matado três civis afegãos, em um caso que levantou uma das mais sérias acusações contra militares dos Estados Unidos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.03.2011, 18:39:02 Editado em 27.04.2020, 20:49:26
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O soldado norte-americano Jeremy Morlock, de 22 anos, se declarou culpado hoje no julgamento em que é acusado por uma corte marcial de ter matado três civis afegãos, em um caso que levantou uma das mais sérias acusações contra militares dos Estados Unidos na Guerra do Afeganistão. Morlock fez acordo e se declarou culpado em três acusações de assassinato e uma de conspiração, outra de obstrução da justiça e mais uma de uso de drogas, em troca de uma sentença máxima de 24 anos de prisão.


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Morlock foi acusado de ter liderado um pelotão nas mortes de três civis afegãos desarmados, na província de Kandahar, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2010. Questionado pelo tribunal militar se o plano dos soldados era atirar nos civis para assustá-los, ou atirar para matar, Morlock respondeu: "O plano era atirar para matar".


Morlock é o primeiro de cinco soldados da brigada Stryker que irão à corte marcial - algo que seu advogado de defesa, Geoffrey Nathan, disse ser uma vantagem. "O primeiro sempre consegue o melhor acordo", disse Nathan. O advogado criticou a Guerra do Afeganistão e disse que Morlock, no fundo, é "um bom rapaz".


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Sob o acordo obtido, Morlock também concordou em testemunhar contra seus ex-colegas. O soldado disse ao juiz, o coronel Kwasi Hawks, que o plano para matar civis afegãos começou no final de 2009, meses antes do primeiro assassinato. Ele confessou que os soldados colocaram armas perto dos cadáveres, para que a impressão fosse que eles eram insurgentes que morreram em combate.


Após o assassinato de janeiro de 2010, o soldado Adam Winfield, que fazia parte do pelotão, enviou mensagens no Facebook aos seus pais dizendo que seus colegas no Afeganistão haviam matado um civil e planejavam matar outros. Winfield disse que seus colegas o advertiram a não contar nada para ninguém. O pai dele alertou um sargento na base de Lewis-McChord, no Estado de Washington, mas nenhuma medida foi tomada até maio, quando outra testemunha, em uma investigação sobre o consumo de drogas na unidade, reportou os assassinatos dos civis afegãos.


Winfield é acusado de ter participado do terceiro e último assassinato. Ele alega que foi ameaçado de morte pelos companheiros se não atirasse contra o civil afegão. Outros acusados são os soldados Andrew Holmes e Michael Wagnon II. O quinto acusado é o sargento Calvin Gibbs, que ainda alega que os civis mortos eram insurgentes. As informações são da Associated Press.

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