A Polícia Federal de Bauru investiga o furto de madeira pertencente à União no antigo Horto Aimorés, transformado em assentamento da reforma agrária, no município de Pederneiras, a 319 km de São Paulo.
Ontem, uma equipe da PF abordou três caminhões carregados com toras de eucalipto em um dos lotes. Levados à delegacia de Bauru, os responsáveis pela carga afirmaram que retiravam a madeira com autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que administra o assentamento Aimorés.
A autorização apresentada estava escrita à mão e trazia a assinatura de um funcionário do escritório do Incra em Bauru. O documento será investigado. Os homens foram ouvidos e liberados, assim como a madeira. O delegado da PF, Carlos Alberto Fazzio Costa, disse que a ação transcorreu no curso de um inquérito aberto para apurar denúncias de furto de madeira pertencente ao patrimônio federal. O horto foi destinado à reforma agrária, mas o Incra pagou pela madeira. O dinheiro da venda do eucalipto seria revertido para o assentamento, mas os assentados afirmam que nada receberam.
A superintendência do Incra em São Paulo afirmou, por meio de nota, que a retirada da madeira foi autorizada ao assentado regular, em área estabelecida após aprovação do projeto de manejo e aplicação dos recursos. O controle e a fiscalização são feitos por meio de equipe técnica designada. Sobre a ação da PF, informou que não houve apreensão ou prisão e que as ações administrativas do Incra são de conhecimento dos órgãos de controle. Os casos reconhecidos de furto de madeira identificados pelo Incra foram comunicados à PF.
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