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Governo japonês alerta sobre risco de blecaute em Tóquio

O governo japonês alertou para o risco de ocorrer um grande blecaute nesta quinta-feira na região da capital, Tóquio, como consequência dos problemas de abastecimento de energia causados pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em 11 de mar

Da Redação

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 Luzes são apagadas para economizar energia em Tóquio, capital do Japão
Icone Camera Foto por Reuters
Luzes são apagadas para economizar energia em Tóquio, capital do Japão
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.03.2011, 09:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:49:43
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O governo japonês alertou para o risco de ocorrer um grande blecaute nesta quinta-feira na região da capital, Tóquio, como consequência dos problemas de abastecimento de energia causados pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em 11 de março.

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O ministro japonês da Indústria, Banri Kaieda, pediu que as operadoras de trem da área de Tóquio suspendam o serviço na parte da tarde e que as empresas reduzam o consumo.

Tóquio, como outras regiões do Japão, já vinha sofrendo com falta de energia, já que o governo determinou blecautes organizados para economizar energia. Porém, a situação se complicou ainda mais com o aumento do consumo de eletricidade por causa da forte queda das temperaturas desde a noite de quarta-feira.

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Nesta quinta-feira, a quatro dias do início da primavera, a previsão é que a temperatura em Tóquio fique próxima a 0ºC à noite.

A área metropolitana de Tóquio é habitada por mais de 30 milhões de pessoas, que utilizam os trens para chegar a seus locais de trabalho. Desde a crise gerada pelo terremoto, muitas pessoas optaram por trabalhar de casa.

A ministra de Reforma Administrativa, Murata Renho, solicitou à população maior esforço na economia de luz, já que a demanda por energia pode superar o que a Tepco pode fornecer no caso de os atuais níveis se manterem. Cerca de dez milhões de lares serão afetados hoje pelos planos de cortes de energia da Tepco, segundo a agência local "Kyodo".

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Usina nuclear

O Japão intensificou os esforços para resfriar os reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, que apresenta graves falhas desde o terremoto. No entanto, o alto nível de radiação no local dificulta o trabalho dos militares e policiais que comandam as operações.

Nesta quinta-feira, oito canhões d'água passaram a ser usados na tentativa de reduzir a temperatura do reator 3. Porém, os militares que operavam os canhões foram obrigados a recuar por causa dos altos índices de radiação. A agência Kyodo afirmou que a operação foi retomada posteriormente, mas não deu outras informações.

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Autoridades japonesas também começaram a usar helicópteros militares CH-47 Chinook para jogar toneladas de água nos reatores três e quatro da usina de Fukushima. A operação começou às 9h48 (21h48 de quarta-feira em Brasília), segundo as autoridades locais.

As aeronaves descarregaram quatro cargas de água antes de deixar o local para tentar reduzir ao máximo a exposição das tripulações à radiação. Porém, imagens de televisão mostravam que o vento parecia impedir que grande parte da água chegasse ao local desejado. A Tepco, operadora da central nuclear de Fukushima, afirmou que a ação dos helicópteros não reduziu sensivelmente os índices de radiação.

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Cada equipe a bordo dos helicópteros faz voos de no máximo 40 minutos, na tentativa de reduzir sua exposição à radiação. Na quarta-feira, o alto nível de radioatividade impediu que a mesma operação fosse realizada.

A Tepco informou na manhã de quinta-feira (noite desta quarta-feira em Brasília) que "concentra seus esforços" em restaurar o fornecimento de energia para reativar as bombas d'água do sistemas de resfriamento dos reatores da usina.

"Não podemos dizer quando, mas queremos restaurar a fonte de energia o mais rápido possível", declarou à AFP o porta-voz da Tepco, Naohiro Omura. O porta-voz revelou que a companhia espera iniciar os trabalhos de reparo na quinta-feira.

A crise nuclear no Japão teve origem no corte de energia após o terremoto seguido de tsunami de sexta-feira, que também paralisou os geradores de emergência da usina de Fukushima 1, derrubando o sistema de refrigeração dos reatores atômicos.

A queda no sistema de resfriamento provocou a evaporação da água e o risco de exposição do material radioativo nos reatores, onde já ocorreram quatro explosões de hidrogênio e dois incêndios, em meio a crescentes níveis de radiação.

A Tepco está reparando as linhas de energia da Tohoku Electric Power Co., que abastecem a região, para ligá-las ao sistema de transmissão elétrica em Fukushima. "Com o trabalho completo, teremos a capacidade de ativar várias bombas elétricas e jogar água nos reatores e nas piscinas de combustível nuclear usado", destacou o porta-voz.

Com EFE e BBC

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