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Japão diz que usina nuclear está sob controle

O governo do Japão disse neste sábado que está adotando medidas para impedir a deterioração da usina nucelar Dai-ichi, em Fukushima, atingida hoje por uma explosão que destruiu o edifício que abriga um de seus seis reatores. O container do reator número 1

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.03.2011, 11:24:03 Editado em 27.04.2020, 20:49:55
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O governo do Japão disse neste sábado que está adotando medidas para impedir a deterioração da usina nucelar Dai-ichi, em Fukushima, atingida hoje por uma explosão que destruiu o edifício que abriga um de seus seis reatores. O container do reator número 1 foi preenchido com água do mar numa operação de resfriamento que durou cerca de cinco horas. "Temos a situação sob controle", disse o principal o secretário-chefe de gabinete, Yukio Edano, principal porta-voz do governo, durante entrevista coletiva. Ele disse que a explosão, causada por gás hidrogênio em contato com oxigênio, destruiu apenas a estrutura externa do edifício e não danificou o container, uma "casa" de metal que envolve o reator.


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Segundo Edano, a radiação em torno da usina de Dai-ichi diminuiu após o incidente, embora ele não tenha explicado como e porque isso aconteceu. A pressão no reator também cedeu, disse.


A explosão foi precedida de muita fumaça branca, que se intensificou até formar uma enorme nuvem que envolveu toda a usina. Depois, as paredes do edifício que abrigava o reator ruíram. Quatro trabalhadores sofreram fraturas e foram encaminhados a um hospital.


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Os problemas no reator 1 começaram após o terremoto de 8,9 graus na escala Richter, que foi seguido de um tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão, ontem.


Cerca de 24% da eletricidade do país é gerada por 55 reatores nucleares em 17 usinas. Algumas apresentaram problemas após o tremor. O governo declarou estado de emergência em duas delas depois de problemas em seus sistemas de resfriamento. Embora Edano tenha minimizado os temores sobre um vazamento, o porta-voz da agência nuclear japonesa, Shinji Kinjo, reconheceu que há perigo de um colapso, que seria uma falha grave nos sistemas da usina e em sua capacidade de gerenciar as temperaturas.


Yaroslov Shtrombakh, um especialista russo em energia nuclear, disse que um colapso como o de Chernobyl é improvável. "Acredito que o sistema de contenção está funcionando e não haverá uma grande catástrofe", disse. Em 1986, o reator nuclear de Chernobyl explodiu e pegou fogo, deixando vazar uma nuvem de radiação que se estendeu pela maior parte da Europa.


No Japão, o reator da usina de Fukushima deixou vazar alguma radiação. Antes da explosão operadores detectaram níveis oito vezes maiores fora das instalações e mil vezes maiores dentro da sala que contém o reator número 1. A área de evacuação em volta da usina aumentou de 10 para 20 quilômetros. Cerca de 51 mil pessoas tiveram que sair da região. As informações são da Dow Jones e da AP.

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