Rebeldes no leste da Líbia disseram que não negociam com o governo a menos que o coronel Muamar Khadafi deixe o poder e o país.
Houve relatos de que Khadafi teria apontado um chefe da inteligência líbia para negociar com os rebeldes.
Mas o Conselho Nacional da Líbia, criado pela oposição na cidade de Benghazi, respondeu à notícia afirmando que não há espaço para discussões.
"Se é para haver negociações, será sobre um único tema: como Khadafi deixará o país ou renunciar, a fim de salvar vidas. Não há nada mais para negociar", disse um porta-voz do chefe do conselho, Mustafa Abdel Jalil, à agência Reuters.
Abdel-Jalil, ex-ministro do Interior, é um dos ex-integrantes do regime que deixaram o governo em consequência da repressão aos manifestantes.
O conselho da oposição pediu que a comunidade internacional intervenha para evitar que as forças do governo bombardeiem os rebeldes.
Nesta sexta-feira, a TV egípcia Nile News TV informou que aviões militares bombardearam galpões de munição no leste da Líbia, mas não acertaram o alvo.
O incidente teria ocorrido próximo de uma base militar na cidade de Ajdabiya.
Opositores do regime pediram que novos protestos sejam realizados após as preces da sexta-feira na capital, Trípoli, que continua um bastião do governo.
Na semana passada, o regime reprimiu duramente protestos na capital. Testemunhas disseram que as forças de Khadafi receberam a bala manifestantes que foram às ruas após as cerimônias religiosas.
Desde então a polícia do regime tem sido acusada de uma série de prisões, assassinatos e desaparições contra membros da oposição.
Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Khadafi "perdeu a legitimidade e deve deixar o poder".
"As exigências do povo líbio de liberdade, democracia e dignidade têm de ser atendidas", disse Obama em Washington.
Em uma das declarações mais fortes que faz até agora contra o regime da Líbia, Obama afirmou que a saída de Khadafi é "melhor para seu povo e para seu país" e que seus colaboradores "devem entender que eles serão monitorados e responsabilizados" por atos de violência contra a população.
Na Europa, Grã-Bretanha e França indicaram que apoiam o plano de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia para impedir que as forças leais a Khadafi lancem ataques aéreos em áreas tomadas pelos rebeldes.
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