Em um encontro com intelectuais cubanos e estrangeiros, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro fez o apelo para que o grupo "salve" a espécie humana e assuma um papel "ativo" diante de problemas ameaçadores, como uma eventual guerra nuclear e as crises de alimentos provocadas pela mudança climática.
Fidel reuniu-se com o grupo durante a Feira Internacional do Livro, em Havana, em seu primeiro ato público deste ano e que foi transmitido pela emissora de TV estatal, nesta terça-feira (15).
Durante o encontro, o ex-líder abordou assuntos como a alta dos preços dos alimentos, a mudança climática e as revoltas populares ocorridas no Egito e na Tunísia. Fidel Castro definiu o ex-presidente Hosni Mubarak como "um grande estrategista" para esconder dinheiro enquanto 80% dos egípcios vivem na pobreza.
Em linhas gerais, insistiu durante o ato na necessidade em salvar a humanidade, ameaçada pelas "colossais energias que os cientistas foram capazes de pôr nas mãos do homem" e pela própria capacidade autodestrutiva do ser humano.
Apesar disso, se declarou "otimista" e disse em sua conversa com os escritores, historiadores, filósofos e pesquisadores que acredita na preservação da vida humana.
"Se alcançamos que os intelectuais compreendam o risco que estamos vivendo neste momento, em que a resposta não pode ser adiada, talvez consigam persuadir as criaturas mais auto-suficientes e incapazes que já existiram: nós, os políticos", avaliou.
"Não se trata de salvar a humanidade em termos de séculos ou de milênios: é preciso começar já a salvar a humanidade", afirmou o ex-presidente cubano.
A televisão cubana transmitirá nesta quarta-feira (16) a segunda parte deste encontro de Fidel Castro com intelectuais.
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