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Doações estão estocadas por falta de voluntários no RJ

Três semanas após a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, muitas doações estão estocadas por falta de voluntários para ajudar a separar o material. Em escolas de Petrópolis, há pilhas de roupas e sacolas amontoadas nos pátios. "Estavam vindo muita

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.02.2011, 19:36:02 Editado em 27.04.2020, 20:51:35
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Três semanas após a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, muitas doações estão estocadas por falta de voluntários para ajudar a separar o material. Em escolas de Petrópolis, há pilhas de roupas e sacolas amontoadas nos pátios. "Estavam vindo muitas pessoas (para ajudar), mas com o passar dos dias isso foi diminuindo. Eu gostaria de enfatizar que ainda temos muitas coisas para separar e entregar", disse Patrícia Portugal, uma das coordenadoras de donativos. A prefeitura informa que, em Corrêas, a quantidade de roupas doadas já é suficiente pata atender aos desabrigados. O que falta é gente para ajudar a selecionar. Na central de distribuição de donativos de Itaipava, que funciona em um Centro Integrado de Educação Pública, o número de voluntários caiu cerca de 70%. "Temos que selecionar o que está em condição de ser doado. Vem muita roupa suja, rasgada e com defeito", informou a Secretaria de Assistência Social.


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Há uma semana, outros municípios começaram a sofrer com a faltar mão de obra para lidar com a grande quantidade de donativos. Em um dos galpões da Cruz Vermelha em Teresópolis, o número de voluntários no setor de alimentos caiu de 20 para cinco. Em Nova Friburgo, o principal centro de distribuição perdeu mais de metade dos trabalhadores. A solução da prefeitura foi contratar e remunerar 70 pessoas que trabalhavam como voluntárias, com o objetivo de dar um destino para as mais de 200 toneladas de produtos ainda estocadas no local.


O trabalho de triagem e armazenamento é dificultado pelo acúmulo de itens supérfluos nos espaços que recebem as doações. Desde o temporal, chegaram aos galpões produtos como alimentos vencidos ou próximos da data de validade, o que exige uma vistoria demorada em cada carregamento recebido. Objetos desnecessários também ocupam espaço nos depósitos, como ursos de pelúcia gigantes, bolsas femininas, roupas de esqui, perucas de carnaval e vestidos de noiva - sem uso imediato para desabrigados e desalojados.


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Equipes de atendimento alertam, no entanto, que ainda precisam de doações específicas, como alimentos não perecíveis, uma vez que muitos desabrigados dependerão de ajuda por vários meses. Materiais como roupas, no entanto, já lotaram muitas salas dos centros de doações, passando a ser tratadas como "entulho" pelos voluntários. "Tivemos que recusar doações de roupas pois já não temos mais onde colocar as sacolas. Nosso plano é entregá-las a outros municípios da região ou comunidades carentes da cidade", afirma o coordenador da Defesa Civil de Nova Friburgo, Roberto Robadey. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado, foi criada um comissão para fiscalizar doações em dinheiro feitas às prefeituras das cidades atingidas.


Apesar de algumas falhas na distribuição de donativos, a fartura de mantimentos enviados de todo o Brasil para as vítimas das chuvas praticamente paralisou os negócios em algumas mercearias de pequenas comunidades da região serrana. Nas áreas carentes, moradores passaram a receber cestas básicas com certa facilidade, deixando de fazer compras no comércio local. Muitas famílias começaram a estocar alimentos, derrubando em até 80% o movimento nas mercearias desses bairros.

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