O histórico líder islâmico Rachid Gannuchi retornou neste domingo (30) à Tunísia, após permanecer mais de duas décadas no exílio, sendo recebido por milhares de seguidores eufóricos no aeroporto internacional de Túnis.
Gannuchi só pode voltar ao país depois que o movimento, chamado de Revolução de Jasmim, derrubou há uma semana o regime do presidente Ben Ali. Os protestos na Tunísia se espalharam pelo mundo árabe e agora ameaçam o presidente do Egito.
Aos gritos de "O povo é muçulmano e não se rende", "Não há outro Deus senão Alá" e "Alá é grande", as mais de 2.000 pessoas concentradas na ala de desembarque do aeroporto se esforçaram para saudar o dirigente, que saiu do aeroporto protegido por várias dezenas de seus seguidores.
Mohamed al Bahri, membro do comitê executivo do movimento Al Nahda ("O Renascimento", em árabe), do qual Gannuchi é líder, disse que "hoje Gannuchi volta a seu povo, a seu país, para ver cumpridos seus direitos políticos".
- A presença de Gannuchi hoje é uma prova da liberdade e de que todos os tunisianos, sem exceção, gozam de liberdade.
Por sua vez, outro líder do movimento islâmico tunisiano, Abdelfatah Moro, destacou: "Hoje é um dia de alegria, não só para nós, mas para toda a Tunísia".
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