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Secretaria cobra explicações à UnB sobre trote

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) pediu à Universidade de Brasília (UnB) explicações sobre trote realizado no início deste mês por estudantes da Faculdade de Agronomia e Veterinária. Na ocasião, calouras se ajoelharam para lamber linguiça c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2011, 20:09:02 Editado em 27.04.2020, 20:51:52
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A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) pediu à Universidade de Brasília (UnB) explicações sobre trote realizado no início deste mês por estudantes da Faculdade de Agronomia e Veterinária. Na ocasião, calouras se ajoelharam para lamber linguiça com leite condensado. Em nota, a secretaria considerou o ato de simulação de sexo oral "um gesto de violência e desqualificação das mulheres".


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A UnB deve montar uma comissão de sindicância para apurar o trote, informou o reitor da instituição, José Geraldo de Sousa Junior. "A comissão não terá um caráter demonizador, mas educador", disse ele, observando que será investigado se houve lesão corporal ou atentado ao pudor. Os alunos que participaram dos atos serão ouvidos e estão sujeitos a penalidades - como suspensão e até expulsão.


O reitor se disse "constrangido e envergonhado" com as imagens, mas reconheceu que não existe norma na universidade para impedir que episódios como esse ocorram. A secretaria foi informada do episódio por meio de denúncia feita à ouvidoria. Um ofício foi encaminhado à UnB e ao Ministério Público Federal, solicitando providências a respeito do caso.


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Para a estudante Luísa Wirthmann, caloura do curso de Agronomia, a "brincadeira" da qual participou foi "inofensiva". "Não me senti humilhada, não entendo essa repercussão", comentou. "Não faz sentido o argumento de que tentamos denegrir a imagem da mulher numa brincadeira fechada de um curso. Colocar mulheres rebolando na TV todo sábado é bem pior", acrescentou.


Na opinião da estudante, a universidade tem problemas muito mais sérios para se preocupar, como a falta de segurança no campus. Ela disse que não foi obrigada em momento algum a entrar no trote. "Quis participar por causa da interação entre calouros e veteranos". O trote com a linguiça já ocorreu outras vezes, segundo o presidente do Centro Acadêmico de Agronomia, Caio Batista. "O pessoal dentro do curso fez e não se sentiu agredido. Aí vem gente de fora e faz interpretação negativa, vendo humilhação onde não tem. Trote é integração do calouro com a universidade, não é bullying", disse. Questionado pela reportagem se teve de lamber linguiça e leite condensado ao entrar na UnB, o estudante respondeu que, quando era calouro, participou de uma "briga de bode" numa lona de sabão.

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