O presidente Zine El Abidine Ben Ali não suportou a onda de protestos populares que tomou conta da Tunísia nas últimas semanas. Nesta sexta-feira (14) Momentos após declarar estado de emergência, e no mesmo dia em que dissolveu o governo, ele foi derrubado do poder pelo primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, com apoio do Exército.
A rede de TV Al Arabiya chegou a noticiar que Ben Ali, que estava havia 23 anos no poder, fugiu de avião para a ilha de Malta.
A fuga teria ocorrido após mais um dia de protestos na capital, Túnis, e em outras cidades. Mais de 70 pessoas morreram nas manifestações, duramente reprimidas pelo regime. Nesta quinta-feira, a fim de acalmar os manifestantes, Ben Ali anunciou que não iria se candidatar à reeleição em 2014.
Nesta sexta-feira, ele também dissolveu o governo do primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi e convocou eleições. Minutos depois, o presidente decretou Estado de emergência, equivalente a estado de sítio no Brasil (que limita alguns direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e de expressão e também, em alguns países, restringe algumas funções da Justiça, do Congresso e do Executivo). Na mesma tarde, Ben Ali não resistiu e foi derrubado pelo Exército e por seu próprio governo.
O primeiro-ministro Ghannouchi anunciou em rede nacional de TV que estava assumindo a Presidência, prometendo democracia e respeito à Constituição.
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