Um ano depois do avassalador terremoto de 12 de janeiro de 2010, o Haiti ainda é um país em ruínas. O pior tremor dos últimos 200 anos só fez aumentar o sofrimento e a miséria na nação mais pobre das Américas, que não consegue se reerguer.
O tremor, de 7 graus de magnitude, deixou ao menos 220 mil mortos, 300 mil feridos e 1,5 milhão de desabrigados, dos quais 810 mil continuam em abrigos. O palácio presidencial virou um monte de entulho. E, mesmo que ainda houvesse um palácio, o país tem se mostrado incapaz de escolher um presidente para colocar dentro dele.
Falta um governo forte, faltam hospitais, falta infraestrutura. O maior legado do terremoto é o desafio de uma reconstrução a se perder de vista.
A frustração aumenta com os pífios avanços neste um ano. A capital Porto Príncipe ainda dá a impressão de ser um grande campo de refugiados, diz a Anistia Internacional. Já a organização humanitária Oxfam lamenta que apenas 5% dos escombros tenham sido removidos pela ineficiente Comissão Interina para a Reconstrução do Haiti.
Ao R7, o brasileiro Andre D’Ávila, ativista da ONG Viva Rio que está há três anos no país, confirma a sensação de que o tempo parou no Haiti.
- O ano passou. Muitas coisas foram pensadas, postas na mesa, mas na realidade muito pouco aconteceu. Continuo vendo os escombros, as pessoas nos campos de refugiados.
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