O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), chegaram nesta manhã ao posto de comando da Força de Pacificação no complexo do Alemão, onde assistem a uma palestra do general Fernando Sardenberg, comandante das forças militares que atuam no conjunto de favelas, na zona norte da capital fluminense. Jobim e Cabral assinam mais tarde o acordo para organização e emprego da Força de Pacificação na cidade do Rio, que permitirá que homens do Exército substituam policiais militares e civis e passem a ocupar a comunidade até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), prevista para o segundo semestre do ano que vem.
"O objetivo é a segurança. (Queremos) definir quadros e espaços e estabelecer linhas de entendimento", disse Jobim, que não quis informar a data em que a ocupação começa nem dar detalhes sobre a operação. Cabral disse que a assinatura do acordo representa mais um dia histórico para a cidade. "É uma combinação de fatores extraordinária, com investimentos sociais, em infraestrutura e segurança. Está provado que não existe cidadania plena sem segurança."
O governador comentou ainda a mudança promovida por ele ontem na estrutura administrativa de seu governo, com a substituição do ex-secretário estadual de Assistência Social de Direitos Humanos, Ricardo Henriques, pelo deputado estadual Rodrigo Neves (PT). Henriques era o idealizador e coordenador do projeto UPP social, que conjugaria ações sociais depois de operações de segurança nas comunidades pacificadas.
Segundo Cabral, a mudança não resultará em alterações no cronograma do programa. Henriques, ainda de acordo com o governador, foi convidado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para ocupar um posto na administração municipal similar ao que ocupava no Estado.
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